A pandemia do novo coronavírus já está afetando frigoríficos de Mato Grosso do Sul, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados (Sicadems). A doença colocou as unidades em alerta, provocando a redução das exportações para os grandes mercados mundiais e a diminuição no quadro de funcionários.
O setor frigorífico conta com 110 plantas responsáveis por 27,2 mil trabalhadores com carteira assinada no Estado.
Segundo o presidente da entidade, Sérgio Capucci, o segmento está tomado medidas para se prevenir contra a proliferação do novo coronavírus e algumas plantas já estudam a concessão de férias coletivas, como é o caso da unidade do JBS em Nova Andradina. Em outras, foi reduzido o efetivo de colaboradores que se encaixam no grupo de risco da doença.
“As medidas rotineiras de higienização foram redobradas para evitar a contaminação dos nossos funcionários, evitando uma redução ainda maior no quadro de trabalhadores”, disse o presidente.
Na unidade do frigorífico Naturafrig, em Rochedo, 100 dos 750 funcionários estão afastados, incluindo os que estão acima de 60 anos de idade e as mães que não têm onde deixar os filhos devido à suspensão das aulas nas redes públicas e privadas.
“A carne é um produto perecível. Estamos apreensivos, adotando uma série de cuidados, mas podemos enfrentar problemas com logística, se faltar embalagens ou etiquetas, por exemplo, vai comprometer o funcionamento dos frigoríficos e teremos que parar as atividades”, alertou o presidente.