Dólar fecha a R$ 1,75, em dia instável com EUA e dúvidas sobre IOF

O dólar comercial foi negociado a R$ 1,755 para venda, em alta de 0,11%, nas últimas operações registradas desta sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,880 (valor de venda), com acréscimo de 0,53%.

Os dados frustrantes do mercado de trabalho americano e as incertezas sobre a incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) animaram os negócios com a moeda americana.

Pela manhã, a taxa de câmbio abriu em queda, mas reverteu a tendência quando o governo dos EUA revelou que a geração de empregos foi muito pior do o que esperado, o que deixou o mercado nervoso com a possibilidade de uma recessão na maior economia do planeta.

Operadores também relataram que o mercado ficou parado à espera de uma definição do governo sobre quais operações financeiras seriam penalizadas com um alíquota mais alta do IOF. Havia um temor de que as operações de câmbio fossem um dos alvos do governo, o que levou muitos bancos a ficarem de fora dos negócios. Segundo profissional de uma corretora de câmbio, os bancos que realizaram negócios chegaram a embutir o possível aumento (0,38%) da alíquota do IOF para fechar contratos de câmbio.

"Quando o mercado percebeu as importações de bens duráveis não foram oneradas, aliviou um pouco a pressão e a taxa voltou ao patamar de R$ 1,75 no final dos negócios", comentou Celso Siqueira, da Advanced Corretora de Câmbio.

O Banco Central entrou no mercado às 15h24 e realizou leilão de câmbio, adquirindo dólares a R$ 1,7590 (taxa de corte).

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, revisou para cima as taxas projetadas para 2008, 2009 e 2010.

Entre os contratos mais negociados, a taxa projetada para abril de 2008 subiu de 11,20% ao ano para 11,22%; no contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 11,96% para 12,05%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 12,67% para 12,74%.

Entre as principais notícias do dia, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) informou que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) encerrou o ano em alta de 4,38%, ante 2,55% em 2006.