Terça-feira, 08 de Janeiro de 2008, 18h:49 -
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Dólar fecha a R$ 1,76, com trégua em crise americana
Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)
O dólar comercial foi cotado a R$ 1,762 para venda, em declínio de 0,16%, nas últimas operações fechadas nesta terça-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,870 (valor de venda), em baixa de 0,53%.
O mercado deu uma trégua à crise da economia americana, que muitos já reputam estar em recessão. Nas mesas de operações, profissionais comentam sobre um possível corte dos juros americanos e até mesmo um pacote da Casa Branca para estimular o nível de atividade, após uma sequência de indicadores econômicos frustrantes.
O Banco Central realizou leilão de câmbio às 15h22 e aceitou ofertas a R$ 1,7575 (taxa de corte). O nível das reservas internacionais, segundo estatística do BC, atingiu US$ 182,441 bilhões (até o dia 7).
"Apesar da Bovespa operar hoje um pouco descolada do mercado americano, o mercado de câmbio é diferente e observa muito o que acontece lá fora. Quando as Bolsas americanas indicaram uma melhora, com o mercado aguardando algum pacote do [George] Bush para a economia, o dólar passou a cair", comenta Mauro Araújo, diretor da corretora de câmbio Vision. "Somente o leilão do BC ajudou a segurar um pouco o câmbio, logo no final dos negócios", acrescenta.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, ajustou para menos as taxas projetadas para 2008, 2009 e 2010.
Entre os contratos mais negociados, a taxa projetada para abril de 2008 retraiu de 11,21% ao ano para 11,20%; no contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada cedeu de 12,06% para 12,02%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 12,74% para 12,68%.
Entre as principais notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que o IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) subiu 1,47% em dezembro, acima da variação de novembro, de 1,05%. No ano, a inflação medida pelo índice foi de 7,89%, ante taxa de 3,79% registrada em 2006.
Analistas de mercado projetavam um IGP-DI em torno de 1,40%. O economista da FGV, André Braz, afirmou que a aceleração dos preços dos alimentos deverá perder força em janeiro.