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Economia Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 16:26 - A | A

Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 16h:26 - A | A

Dólar recua 1,27% e fecha a R$ 1,77

Folha Online

O dólar comercial foi negociado a R$ 1,775 para venda, em declínio de 1,27%, nas últimas operações registradas nesta quinta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,910 (venda), sem variação sobre os valores de ontem.

O Banco Central adiantou o horário habitual de seu leilão de câmbio e entrou no mercado às 11h38, adquirindo divisas por R$ 1,7892 (taxa de corte).

O mercado global teve um momento de trégua à crise internacional, com a expectativa de que o governo americano anuncie plano para "socorrer" os devedores mais prejudicados pelos problemas com os créditos "subprime". O mercado espera que a Casa Branca, que negociou nos últimos dias com as principais financiadoras de hipotecas, revele um plano para congelar os juros dos empréstimos.

"Essa notícia influenciou positivamente o mercado, mas ainda não temos maiores detalhes sobre esse plano. Provavelmente, só teremos maiores informações amanhã", disse João Carlos Reis, gerente de tesouraria da corretora Prime.

Reis também lembrou a decisão do Banco da Inglaterra (o banco central britânico), que reduziu sua taxa de juros para 5,5% nesta quinta-feira, um corte de 0,25 ponto percentual. "A notícia ajudou a reforçar as apostas de que o Fed [o banco central dos EUA] vai reduzir os juros [no dia 11]", acrescenta.

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, ajustou para baixo as taxas projetadas para 2008 e 2009, mas elevou os juros previstos para 2010.

Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou que manteve a taxa básica de juros em 11,25% ao ano, por decisão unânime de seus integrantes, num resultado totalmente em linha com o esperado por boa parte do mercado financeiro.

E hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que o IPCA (índice oficial de inflação) foi de 0,38% em novembro, muito acima do projetado por economistas (estimativa de 0,30%). Para o mercado, o número do IPCA reforçou a tese de que o Comitê deve esperar pelo menos o primeiro semestre de 2008 para voltar a reduzir os juros básicos.

Entre os contratos mais negociados, a taxa projetada para abril de 2008 cedeu de 11,26% ao ano para 11,24%; no contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada recuou de 11,72% para 11,70%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 12,35% para 12,39%.

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