A terceira fábrica de celulose que deverá ser instalada no município de Ribas de Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande, receberá investimento de mais de R$ 1,3 bilhão. Os recursos foram garantidos durante encontro nessa quarta-feira (12) entre o governador André Puccinelli (PMDB), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e representantes da CRP Holding e o presidente da Federação de Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, que garantiu apoio do Sesi e Senai.
Para Longen, a parceria entre a iniciativa privada e poder público contribui para a produção da celulose. “Essa parceria entre iniciativa privada e poder público está contribuindo para transformar em riquezas tudo aquilo que produzimos, como é o caso do eucalipto, a matéria-prima para a produção da celulose”, avaliou o presidente da Fiems.
A terceira fábrica de celulose deverá ser inaugurada em 2017 e serão necessários mais de 10 mil trabalhadores diretos, que serão formados pelo Sesi, Senai e Senar. Luciano Coutinho informou que o BNDES irá analisar a carta consulta da empresa CRPE Holding para receber investimento da instituição para a implantação da fábrica de celulose. “Os maiores investimentos do BNDES no Estado estão ligados à fabricação de celulose pela Eldorado Brasil, que recebeu R$ 3,5 bilhões para a implantação de sua planta em Três Lagoas, e à construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados pela Petrobras, também em Três Lagoas, que pegou R$ 2,2 bilhões”, informou Coutinho.
O presidente do BNDES destacou ainda que a prioridade da presidente Dilma Rousseff é aperfeiçoar o sistema logístico brasileiro, principalmente, na questão das ferrovias, desenvolvendo a base do agronegócio e da indústria. “O BNDES tem ampliado o desembolso para Mato Grosso do Sul e, em quatro anos, foram quase R$ 12 bilhões investidos”, detalhou.
André Puccinelli destacou que as informações técnicas apresentadas na reunião detalharam o terceiro projeto de celulose em Mato Grosso do Sul. “É uma fábrica que não iniciará a produção no meu governo, mas o importante é que Mato Grosso do Sul diversificou sua economia. A chegada dessa nova indústria demonstra que aqui no Estado trabalhamos a quatro, seis e até a dez mãos para o desenvolvimento econômico sul-mato-grossense”, afirmou o chefe do Executivo estadual.