O presidente da Fiems, Sérgio Longen, apresentou os dados do setor industrial afirmou nesta quarta-feira (9) que a recessão ficou para trás. “Em 2017, o PIB (Produto Interno Bruto) do país fechou 2017 em 1% e as projeções para este ano e para o próximo são de que chegue a 2,8% e 3%, respectivamente. Com isso, podemos afirmar que a recessão ficou para trás”, salientou.
Os dados a análise foram apresentados na coletiva de imprensa promovida no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, para lançar a programação 2018 de “Maio – Mês da Indústria”. A programação completa, que tem o patrocínio do Sebrae-MS, pode ser conferida no site.
Ele ainda pontuou que o desemprego começou a recuar, caindo de 12,7% em 2017 para 11,8% neste ano e para 11,2% em 2019. Além disso, o investimento estrangeiro direto, que reflete o aumento da confiança, deve chegar a US$ 77,5 bilhões neste ano e a US$ 80 bilhões no próximo ano. “Não estamos crescendo da forma como gostaríamos ainda, mas esses números demonstram uma recuperação significativa”, reforçou.
Longen completa que o PIB do Estado deve apresentar um crescimento nominal médio de 4,3% ao ano entre 2015 e 2019. “Em 2017, o PIB do Estado chegou a R$ 93,2 bilhões e para este ano deve atingir R$ 97,5 bilhões, enquanto para o próximo ano a previsão é de que alcance R$ 102,5 bilhões. Hoje, a indústria responde por 22% ou R$ 16,4 bilhões, sendo o segundo maior, perdendo apenas para o setor de serviços e comércio, que responde por 41% ou R$ 30,7 bilhões”, acrescentou.
O PIB Industrial em 2017 atingiu R$ 18,3 bilhões e para este ano deve chegar a R$ 19,4 bilhões, enquanto para 2019 o montante previsto é de R$ 20,8 bilhões. “Crescimento nominal médio de 2010 a 2014 foi de 9,7% ao ano e de 2015 a 2019 está estimado com um crescimento nominal médio de 4,9% ao ano”, pontuou o presidente da Fiems, completando que no ano passado o número de estabelecimentos industriais fechou em 6.032 e para este ano deve crescer para 6.201, empregando 121.500 trabalhadores.
“As exportações de produtos industrializados devem fechar 2018 em US$ 3,51 bilhões, um crescimento nominal estimado de 15%. O destaque é para a celulose, que deverá responder sozinha por metade das exportações industriais, lembrando que os produtos industriais respondem, atualmente, por 64% de todas as exportações do Estado”, ressaltou Sérgio Longen.
Números do Sistema Fiems
este ano de 2018, o Sistema Fiems, representado pelo Sesi, Senai e IEL, tem bons números, como pode ser constatado no caso da formação profissional, com as três casas disponibilizando, ao longo deste ano, 147.679 vagas em 679 cursos, incluindo pagos e gratuitos, distribuídos pelos 79 municípios do Estado. Já o Senai oferece 66.498 em 582 cursos, tais como agente de defesa ambiental, ajustador mecânico, almoxarife, desenhista de calçados, desenhista de caldeiraria, desenhista de construção civil, eletricista industrial, eletricista instalador predial, funilaria de brilho, funileiro automotivo, entre outros. O IEL tem 12.610 vagas em estágio, emprego e cursos online e cursos presenciais, que totalizam 51 opções.
No caso das obras de modernização, ampliação e construção de unidades do Sesi e Senai, estão previstos investimentos da ordem de R$ 100,7 milhões. Em Campo Grande, serão construídos o Edifício Garagem do Sistema Fiems, com investimento de R$ 8,3 milhões, e o Start Up do Sesi, que consumirá R$ 2,8 milhões, enquanto em Dourados será construído um novo bloco do Sesi, que receberá recursos da ordem de R$ 25,6 milhões.
Mais investimentos no interior
A cidade de Três Lagoas ganhará um Centro de Educação Infantil da Escola do Sesi, com investimento de R$ 8,1 milhões, enquanto Paranaíba terá um CISS (Centro Integrado Sesi Senai), que consumirá R$ 9,2 milhões. Em Corumbá, serão reformadas e modernizadas as unidades do Sesi e Senai, consumindo R$ 3,9 milhões, e, em Sidrolândia, a unidade do Senai será reformada e modernizada, recebendo investimento de R$ 3,3 milhões, assim como as unidades do Sesi e Senai em Maracaju, Aparecida do Taboado, Naviraí e Sonora. Também estão previstos mais R$ 1,5 milhão para a construção de três novas bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi em cidades a serem definidas.