No momento em que o Governo Federal anuncia novo recorde na arrecadação de impostos e contribuições, consolidado em 10,43% no primeiro semestre deste ano, o presidente da Fiems, Sérgio Marcolino Longen, demonstra a insatisfação da indústria com a falta de compromisso com o setor produtivo, principalmente no que diz respeito às sucessivas tentativas de aumento da carga tributária.
“Antes da divulgação de mais um recorde na arrecadação, o presidente e os ministros reclamavam da falta de recursos para ampliação de obras, evidenciada na proposta de criação da CSS que nada mais é do que uma nova CPMF,” lembrou o empresário, ressaltando que os índices divulgados demonstram que há um descompasso de informação, talvez para confundir a população e os empresários.
Para Sérgio Longen, o Governo Federal insiste no mesmo discurso, cujas bases são a falta de recursos e a necessidade de aumentar receita via criação de mais impostos. “Ninguém suporta mais esta carga tributária extremamente elevada”, resume.
Mesmo com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a Receita Federal arrecadou R$ 333,208 bilhões. Somente no mês de junho foram R$ 55,747 bilhões, aumento de 7,11% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O presidente da Fiems defende que sejam estabelecidos limites para a carga tributária em nível nacional e estadual. “Não podemos mais ficar reféns de políticas alicerçadas em aumentos de impostos. Precisamos de condições favoráveis para produzir, gerar empregos e divisas para nosso Estado e para o País,” argumenta. (Com informações da Assessoria Fiems)
Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024
