Fluxo positivo favorece recuo do dólar

Após sinalizar alta durante a manhã, a moeda norte-americana fecha em queda de 1,08%, cotada a R$ 1,626 na venda, enfluenciada pelo o fluxo positivo. Segundo fontes do mercado, nesta tarde houve grandes entradas de exportadores. No leilão do Banco Central (BC), a autoridade monetária comprou dólares a uma taxa média de R$ 1,631.

Em relatório a diretora da AGK Corretora, Miriam Tavares, ressalta que os bons fundamentos macroeconômicos no Brasil, que inclusive embasaram o grau de investimento concedido ao País, em meio aos juros internos ainda muito altos, também devem continuar compensando parte das pressões externas desfavoráveis. Por isso, Miriam acredita que no curto prazo, mesmo que o cenário externo continue desfavorável, o dólar não deve ter força para subir acima do patamar de R$ 1,65.

No front externo, foram divulgados na manhã de hoje dois conjuntos de dados que acenderam a luz amarela no Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Dentre os indicadores, foi informado o resultado do PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês) que registrou alta de 1,2% em julho e o núcleo (que exclui os preços de alimentos e energia) teve alta de 0,7%. O índice geral recuou em relação aos dois meses anteriores (1,8% em junho e 1,4% em maio), mas o núcleo teve a maior alta do ano.

Não bastasse isso, o mercado imobiliário continua desacelerando fortemente. A construção de novas residências também apresentou queda de 11% em junho. A taxa anual foi de 965 mil em julho contra 1.084 mil construções em junho de 2008 (dado revisado).

Segundo a Gradual Corretora, para resolver tudo isso, o Fed dispõe, como qualquer Banco Central (BC) do mundo, de basicamente uma arma: a taxa básica de juros. No entanto, os economistas da Gradual acreditam que o Fed não irá aumentar por hora a taxa básica por conta dos motivos acima levantados, no entanto, cada vez mais esse cenário alternativo se fortalece. (Fonte: Jb Online)