O Índice de Preços ao Produtor (IPP), de dezembro do ano passado, variou 0,30% em relação ao mês anterior, novembro. O dado é do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre novembro e outubro de 2012 a variação foi de 0,27%. O acumulado de todo ano passado chegou a 7,76%, índice superior ao acumulado nos 12 meses anteriores, que atingiu 6,84%.
Conforme informações do IBGE, o IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.
Das 23 atividades pesquisadas, 16 apresentaram alta de preços. No mês anterior, novembro, foram 15 atividades que sofreram aumento. As quatro maiores altas foram em perfumaria, sabões e produtos de limpeza (1,85%), fumo (1,49%), papel e celulose (1,22%) e calçados e artigos de couro (-0,81%).
Em termos de influência, na comparação entre dezembro/12 e novembro/12 (0,30%), sobressaíram alimentos (0,07 pontos percentuais – p.p.), outros produtos químicos (0,04 p.p.), metalurgia (0,04 p.p.) e papel e celulose (0,04 p.p.).
Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: fumo (18,52%), alimentos (14,57%), papel e celulose (12,57%) e bebidas (12,00%).
Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (2,75 p.p.), outros produtos químicos (1,08 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,71 p.p.) e papel e celulose (0,40 p.p.).
Nos resultados do IPP entre 2010 e 2012, 11 setores tiveram maior influência. Três deles (alimentos, refino de petróleo e produtos de álcool e outros químicos) foram destaque nos três anos, com alto peso no cálculo do IPP (em dezembro de 2012, a contribuição deles é de 42,22%) e cujos aumentos de preços ocorreram em circunstâncias diferentes. Os preços de alimentos aumentaram em 2010 por conta da pressão de demanda mundial, num quadro de aumento de renda. Já em 2012, além do câmbio desvalorizado, a incerteza quanto a safra de soja foi um dos fatores de maior impacto.
Os preços de refino de petróleo e produtos de álcool aumentaram, tanto em 2010 quanto em 2012, por conta de óleo diesel e nafta (esta com reflexo do mercado mundial, em particular no ano de 2012), ainda que a gasolina tenha pressionado para baixo o resultado do setor.
O setor outros produtos químicos encontrou um ambiente propício em 2010 para recuperar preços que haviam estagnado na esteira da crise de 2008. Mais recentemente, ajuste ao aumento de uma das principais matérias-primas do setor, a nafta, foi dos fatores mais relevantes.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.