Conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems apontou que de janeiro a julho, o setor obteve saldo positivo de 627 novas vagas, empregando no total 141.776 trabalhadores.
O setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, obteve saldo positivo na contratação de trabalhadores em 109 atividades, proporcionando a abertura de 5.872 vagas.
Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 100 vagas, destacam-se a fabricação de açúcar (+1.229), construção de edifícios (+702), construção de rodovias e ferrovias (+638), abate de reses (+354), fabricação de álcool (+200), obras de terraplanagem (+162), fabricação de celulose (+150), fabricação de calçados (+143), captação, tratamento e distribuição de água (+137), instalações elétricas (+135), fabricação de alimentos para animais (+111), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+109), produção de ferroligas (+103) e fabricação de amidos e féculas de vegetais e de óleos de milho (+102).
Ezequiel Rezende, coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, no mesmo período, 95 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 5.245 vagas.
Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 100 vagas, destacam-se obras de engenharia civil, não especificadas anteriormente (-3.013), fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes (-294), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (-267), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-190) e fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados (-103).
“De janeiro a julho deste ano, a indústria foi responsável pela abertura de 627 novos postos de trabalho em Mato Grosso do Sul. O saldo obtido no período fez com que o total de indivíduos empregados nas atividades industriais desenvolvidas no Estado alcançasse o equivalente a 141.776 trabalhadores. A indústria responde atualmente pelo segundo maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 22% sobre o total, atrás somente do setor de serviços, que emprega formalmente 181.987 trabalhadores com participação equivalente a 28,2%”, informou Ezequiel Resende.
Em relação aos municípios, constata-se que em 45 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período indicado, proporcionando a abertura de 5.002 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de pelo menos 100 vagas, destacam-se Campo Grande (+1.129), Angélica (+621), Rio Brilhante (+299), São Gabriel do Oeste (+286), Dourados (+245), Chapadão do Sul (+233), Aparecida do Taboado (+217), Anastácio (+216), Fátima do Sul (+171), Nova Andradina (+169), Itaquiraí (+155), Maracaju (+150), Coxim (+131), Camapuã (+111), Paraíso das Águas (+105) e Corumbá (+101).
Ezequiel Resende reforça que, adicionalmente, tais demissões ocorreram basicamente no município de Três Lagoas, onde as três atividades mencionadas foram responsáveis por 3.505 demissões. “Como indicado nos levantamentos anteriores, o fator de maior peso no desempenho observado para o município decorre, possivelmente, do encerramento de atividades ligadas à construção da Fábrica de Nitrogenados da Petrobras. Excluindo-se as três atividades responsáveis pelos maiores volumes de demissões, o saldo em Três Lagoas seria positivo em 221 vagas, com destaque para fabricação de celulose e outras pastas para fazer papel, fabricação de calçados de material sintético e fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico que apresentaram saldo positivo de contratações de 150, 123 e 82 vagas, respectivamente”, detalhou.