A pandemia do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul provocou o fechamento de comércio e atividades não essenciais em vários municípios do Estado. Com isso, muitas indústrias do segmento do vestuário e têxtil tiveram de frear a produção e os resultados foram demissão de funcionários, concessão de férias coletivas para outros e redução de jornada para os que continuaram trabalhando.
No entanto, com o afrouxamento das medidas restritivas, algumas já anunciam a retomada de 100% da produção a partir deste mês de julho. Esse é o caso da Cativa MS Têxtil, de Campo Grande, que reduziu o número de funcionários e os salários em conformidade com a Medida Provisória 936 do Governo Federal para manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus.
O gerente-geral da Cativa MS Têxtil, Israel de Azevedo, relata que algumas empresas que a Cativa MS Têxtil atende já tinham feito solicitação de produtos e, na última hora, disseram que iriam devolver tudo, enquanto outras cancelaram os pedidos que ainda iriam para a produção.
“Então, a nossa equipe ficou ociosa. Por isso, tivemos de conceder férias coletivas para todos por 15 dias e, em abril, com MP permitindo redução de salário e jornada, nós conseguimos encontrar uma solução. Reduzimos inicialmente 70% e depois 50% a nossa linha de produção”, recordou.
Dos 350 trabalhadores, a indústria demitiu 90 funcionários e, com o pedido de desligamento de outros colaboradores, reduziu a equipe para 204 pessoas.
Para retomar a produção, a empresa teve de tomar todas as medidas de biossegurança necessárias para garantir a segurança dos colaboradores e um médico do trabalho que integra o quadro de funcionários ajudou na elaboração do plano de biossegurança.