A relicitação da Malha Oeste, ferrovia que interliga Corumbá (MS) a Mairinque (SP), prevê investimento de R$ 18,95 bilhões e a concessão do trecho por 60 anos. Porém, mais do que reduzir a pressão de veículos nas rodovias ela permite operar no Pantanal.
Os números do investimento foram divulgados pelo diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Rafael Vitale, nesta quarta-feira (26), durante audiência pública realizada em Campo Grande. O encontro serviu para colher sugestões e contribuições da sociedade ao edital de concessão da ferrovia.
Chico Ribeiro/Governo MS
Secretário Hélio Peluffo disse que modal ferroviário é prioridade para o governo
Representando o governador Eduardo Riedel, os secretários Hélio Peluffo (Infraestrutura e Logística) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) participaram da audiência pública e defenderam a importância estratégica da ferrovia para Mato Grosso do Sul.
Peluffo destacou que o governo tem dado prioridade para o modal, que já existe e precisa ser revitalizado. “O Estado cresce a índices de quase 8% ao ano e precisa desse modal que é muito importante para o escoamento da safra, da produção papeleira, de grãos e também do minério. A Malha Oeste está no planejamento da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), que passará a trabalhar novos caminhos rodoviários até a ferrovia. Com esse modal, vamos diminuir a pressão sobre rodovias, melhorar o escoamento, gerar empregos e produzir riquezas. Teremos mais uma linha de exportação rápida e com um custo menor”, ressaltou.
Segundo Verruck, a Malha Oeste é o melhor projeto da vitrine ferroviária brasileira no cenário atual. “Temos investidores interessados. Recebemos uma série de empreendedores internacionais dispostos”, afirmou o secretário, elencando pontos de destaque do projeto. “Temos uma ferrovia já instalada que pode operar imediatamente e gerar fluxo de caixa. Temos também carga para fazer a operação. Mato Grosso do Sul não precisa fazer cenário de carga, pois temos volume suficiente para a ferrovia ser competitiva”, frisou.