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Economia Quinta-feira, 02 de Abril de 2009, 16:54 - A | A

Quinta-feira, 02 de Abril de 2009, 16h:54 - A | A

MMX pode ser vendida para grupo asiático; demissões em Corumbá chegam a 62

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Depois de fechar 2008 com prejuízo de R$ 848 milhões, a MMX, empresa de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou ontem que vem negociando a venda da companhia para siderúrgicas e mineradoras da China, Japão e Coreia do Sul.

A expectativa do empresário é fechar a operação até o fim do ano. Em teleconferência com analistas, Batista revelou que o negócio deve incluir ainda a venda de parte da LLX, subsidiária do grupo voltada para o segmento de logística. Uma das alternativas levantadas é negociar, em conjunto com a MMX, ativos portuários da LLX, como foi feito com a negociação com a mineradora anglo-africana Anglo American.

"Basicamente, o que estamos fazendo é repetir o que fizemos com os ativos que tínhamos no Rio de Janeiro e no Amapá", afirmou o empresário. Em janeiro de 2008, a Anglo American comprou por US$ 5,5 bilhões uma participação de 51% da MMX no sistema Minas-Rio e de 70% no sistema Amapá.

Batista lembra que o grupo já foi procurado por vários interessados. Segundo ele, o fato de as grandes mineradoras mundiais estarem preocupadas com o interesse das siderúrgicas também aumenta a "tensão” nas negociações.

Além de ativos em Corumbá (MS), a MMX tem atividades na região Sudeste e também no Chile. O sistema Sudeste é formado por duas unidades: a de Serra Sul,que engloba as minas AVG e Minerminas, em Minas Gerais, e a de Bom Sucesso, no município de Bom Sucesso, também em Minas.

Corumbá
A MMX Mineração adiou por mais 30 dias a paralisação das atividades da mina e da siderúrgica em Corumbá, prorrogando por igual período o programa de qualificação profissional remunerada para a maioria dos 350 funcionários. Estes, tiveram seus contratos de trabalho suspensos inicialmente por quatro meses, a partir de 7 de dezembro do ano passado, devido a crise econômica que assolou o País e teve graves reflexos sobre o setor de siderurgia no País.

O novo acordo, não divulgado pela empresa, foi confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativistas de Corumbá e Ladário. O presidente da entidade, Cassiano de Oliveira explicou que o treinamento remunerado não pode passar de 5 meses, período em que tem cobertura do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

"Existe a possibilidade de a mineração retomar a produção em maio", disse Cassiano. O sindicalista também confirmou que a MMX deverá promover demissões. Na mina, a previsão é de 10 cortes. Na siderúrgica, haverá 50 demissões no setor de armazenamento de carvão vegetal, onde a movimentação de carga será mecanizada, segundo Cassiano de Oliveira.

NA última terça-feira a Companhia nomeou um assessor financeiro para auxiliá-la em uma possível venda de parte ou de todos os seus ativos, cuja transação pode incluir a venda total ou parcial dos próprios ativos ou de ações ordinárias de sua emissão.

Atualmente os ativos da empresa são: MMX Corumbá Mineração e MMX Metálicos Corumbá, MMX Sudeste, Minera MMX de Chile. Após o anuncio que causou apreensão entre os trabalhadores da mineradora, o Sindicato das Indústrias Extrativistas de Corumbá e Ladário Cassiano de Oliveira havia informado sobre uma possível demissão de operários.

Nesta quarta-feira (01) a direção da MMX Metálicos de Corumbá confirmou que apesar dos esforços realizados pela empresa - até o momento para tentar mitigar os efeitos da crise econômica sobre os seus empregados - foi preciso demitir 62 funcionários do seu quadro de pessoal em Corumbá.

(Com informações do Painel Florestal)

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