Dados do levantamento Radar apontaram uma receita superior a US$ 2,49 bilhões nas exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul de janeiro a outubro deste ano. O levantamento do Radar Industrial da Fiems é feito com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A receita alcançada em dez meses, de acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, confirma a previsão de que o setor deve registrar em 2012 o mesmo patamar alcançado em 2011, quando o montante exportado pelas indústrias foi de US$ 2,87 bilhões.
O mês de outubro de 2012, por exemplo, registrou uma receita equivalente a US$ 330,9 milhões, segundo melhor resultado já alcançado em toda a série histórica das exportações de industrializados do Estado, ficando atrás somente de setembro de 2011, quando foi registrado US$ 366 milhões. Segundo a assessoria da Fiems, de janeiro de 2009 até agora foram registradas 33 quebras de recorde nas receitas de exportação.
As vendas externas de industrializados, quanto à participação relativa, no acumulado do ano, atingiram a marca de 70,8% de tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul. Quando a comparação leva em consideração apenas o mês de outubro, o percentual é ainda maior: 71,5%. No acumulado do ano, em relação ao volume exportado, a indústria enviou ao exterior 6,96 milhões de toneladas. No mês de outubro o montante foi de 716,2 mil toneladas.
Grupos de exportação
Os grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações, nos dez primeiros meses de 2012, são “Couros e Peles” (20,1%), “Óleos Vegetais” (17%), “Complexo Carne” (14%), “Açúcar e Álcool” (8,9%) e “Papel e Celulose” (4,2%).
De acordo com a assessoria da Fiems, no caso do grupo “Couros e Peles”, que inclui couros bovinos e bubalinos não divididos e úmidos, couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos e couros bovinos inteiros e preparados, a receita de exportação ficou em US$ 81,91 milhões, tendo como principais compradores a Itália, a China e Hong Kong.
No grupo “Óleos Vegetais”, que inclui bagaços e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja, a receita foi de US$ 281,18 milhões. Os principais compradores do produto são China, Tailândia, Vietnã, Holanda e Irã.
Já o “Complexo Carne”, que inclui carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, frango em carcaça e tripas de bovinos, obteve receita de US$ 739,39 milhões. Os principais compradores são: Rússia, Hong Kong, Arábia Saudita, Japão, Irã, China e Chile.
No grupo “Açúcar e Álcool”, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 582,13 milhões, tendo como compradores, até o momento, a Rússia, Canadá, Bangladesh, Índia, China, Nigéria, Marrocos e Estados Unidos.
O grupo “Papel e Celulose”, que também inclui embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel, o total da receita foi de US$ 393,04 milhões, sendo que os principais compradores são a China, Holanda, Itália, Reino Unido, Espanha, França e Coréia do Sul.
