A edição desta quarta-feira (9) do jornal Valor Econômico, afirma que o governador André Puccinelli informou ontem que o novo projeto de celulose terá investimento de até R$ 8 bilhões e capacidade inicial de 1,5 milhão de tonelada anual. Começará a ser erguido em meados do ano que vem, e será tocado por empresa brasileira — terá o controle majoritário — em parceria com chineses.
"Não posso falar mais por questões relacionadas à bolsa [de valores]", disse Puccinelli, que participou da abertura de congresso promovido pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel em São Paulo. Já existem 20 mil hectares de plantio que abastecerão a unidade.
O mais novo projeto na área de celulose se tornou público em um momento de intenso debate sobre os riscos de sobreoferta da matéria-prima e nível de retorno ao investidor.
A Fibria, com uma fábrica em Três Lagoas, continua avaliando as chances para mais que dobrar a capacidade de produção, com a implantação de nova linha, de 1,75 milhão de toneladas anuais.
Já a Eldorado Brasil, que iniciou a operação de sua primeira fábrica, também em Três Lagoas, em novembro, segue firme com os planos de instalar mais uma linha de produção, com capacidade para 2 milhões de toneladas ano, até 2017. "Com os desgargalamentos, poderemos ter uma fábrica de 4 milhões de toneladas até 2017", disse o diretor de operações comerciais da companhia, Luiz Felli.
Além desse novo empreendimento, o governador de Mato Grosso do Sul disse que a chilena Arauco tem planos de instalar uma fábrica de painéis de madeira (MDF) no Estado e, depois, uma fábrica de pasta de celulose. A companhia, que já possui 70 mil hectares de florestas na região, congelou os planos em razão de parecer da Advocacia-Geral da União, que restringiu a compra de terras no país por estrangeiros.
