A exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul cresceu 54,3%, atingindo o montante de US$ 202,6 milhões (R$ 354,5 milhões), contra US$ 131,3 milhões (R$ 229,7 milhões) em 2009. Os dados são do Radar Industrial da Fiems, baseado nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Ao todo, já são contabilizados R$ 1,1 bilhão no período de janeiro a julho deste ano, representando um crescimento de 62%.
O mês de julho de 2010 se manteve estável, consolidando como melhor resultado já alcançado pelo mês em toda história da exportação do Estado. Dessa forma, o total de US$ 202,6 milhões (R$ 354,5 milhões) equivale à segunda maior receita mensal já recolhida, perdendo somente para o junho do mesmo ano, quando os números marcavam US$ 211,3 milhões (R$ 213 milhões).
Ao todo, em relação ao mesmo período do ano passado, já é registrado um aumento de 66% de tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul. Em termos anuais, o aumento é de 67,4%, indicando um crescimento de 6,1 pontos percentuais.
Falando em volume, 604 mil toneladas foram exportadas em julho de 2010 contra 408 mil do ano anterior, apontando uma diferença de 50% a mais, contribuindo para os 90% favoráveis registrados no ano até o momento em 3,74 milhões de toneladas exportadas.
Desempenho geral
Dos 13 principais grupos de produtos industrializados exportados pelo Estado, dez apresentaram crescimento em relação ao ano anterior. “Carnes e miudezas/cortes, peças e carcaças – complexo frigorífico” foi o que teve melhor desempenho devido a elevação ocorrida nas vendas de carnes desossadas e congeladas de bovinos e pedaços e miudezas congelados de aves, mostrado um aumento equivalente a 35% e 26%, respectivamente. Os grupos que se mantiveram estáveis ou decresceram foram “siderurgia”, “metalurgia básica e metal mecânica”, “cimentos” e “fiação, têxtil, confecção e vestuário”.
No grupo “papel e celulose”, o destaque para a celulose, que registrou nos primeiros quatro meses de 2010 uma receita de exportação equivalente a 93% do valor da receita total, marcando US$ 180,3 milhões (R$ 315,5 milhões). Outro produto importante é o papel fibra, alcançando a marca de US$ 11,7 milhões (R$ 20,4 milhões), 6% do total.
Como resultado da tomada de minérios de ferro em bruto que vem se fortalecendo, o grupo “extrativo mineral – minerais metálicos”, alcançou o valor de US$ 163,8 milhões (R$ 286,6 milhões), sendo que somente em julho as vendas bateram US$ 30 milhões (R$ 52,5 milhões), totalizando US$ 150,6 milhões (R$ 263,5 milhões) ao ano, correspondendo a 92% da receita total do grupo e um volume 2,4 vezes maior que em 2009.
Incentivado pela possível instalação de mais indústrias no Estado, o grupo “açúcar e álcool” teve um crescimento nominal de 84%, apontando US$ 111,3 milhões (R$ 194,7 milhões) com exportações, tendo sua produção aumentada em 40%, devido à grande demanda de países como Rússia (26,3%), Índia (21,4%), Malásia (8%) e Uruguai (7,4%).
Por: Ângelo Smaniotto - (www.capitalnews.com.br)