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Economia Segunda-feira, 04 de Dezembro de 2017, 19:15 - A | A

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Logísitca

Projeto para malha ferroviária do Estado prevê investimento de R$ 10 bilhões

Linha férrea entre Dourados e Paranaguá, contorno ferroviário de Três Lagoas e retomada da Ferroeste estão entre os empreendimentos pensados para o setor

Flávio Brito
Enviado especial para Aparecida do Taboado*

Assessoria/Divulgação

Délia, Fiems e Governo se reúnem para discutir ferrovia

Novo modal ferroviário é fundamental para a região de Dourados

Atrair novos e investimentos e recuperar a malha ferroviária de Mato Grosso do Sul estão os principais objetivo do governo do Estado e das empresas que dependem da superação dos gargalos no setor de logística para a manutenção e expansão de seus negócios em Mato Grosso do Sul.  A construção de uma ferrovia ligando Paranaguá (PR) a Dourados, em um trecho de aproximadamente 1.000 km, a construção de contorno ferroviário de Três Lagoas e a retomada da viabilidade econômica da Ferroeste estão entre as frentes de trabalho em andamento para tornar o escoamento mais eficiente e a produção da indústria e do agronegócio do Estado ainda mais competitivos.  O projeto está estimado em R$ 10 bilhões.

 

Em evento que reuniu os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Paraná, Beto Richa e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (os três do PSDB), foi apresentada, em São Paulo, a proposta de construção da ligação por via férrea - Paranaguá/Dourados.  Para o governador Reinaldo Azambuja, a consolidação da ferrovia unindo Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, levará a produção agropecuária do Estado a uma nova fronteira de competitividade.

 

“Nosso grande gargalo é a logística. Não tenho dúvidas de que a construção desse modal ferroviário é o caminho para aumentar a competitividade da produção, ampliar a oferta, os dividendos aos produtores e agregar valor aos nossos produtos”, afirmou o governador. Na avaliação dele, a publicação do PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) é um passo importante para a consolidação do projeto que trará inúmeros benefícios à produção do Estado, atualmente escoada somente por modal rodoviário. “Acaba tirando a competitividade dos nossos produtos”, explicou. 

 

Conforme o governador, estudos apontam que a melhor saída para a produção de MS é pelo Porto de Paranaguá. “Fazendo esse modal a gente integra uma região extremamente produtiva”, completou, sobre a parceria com o estado vizinho. Juntos, MS e Paraná são responsáveis por cerca de 30% de toda a produção de grãos do país. 

 

Ferroeste

Deurico/Capital News

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Secretário Jaime Verruck

O titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck, avalia que o Estado “está no melhor momento para definir estes este investimentos”. De acordo com Verruck, um consórcio, do qual o Estado de Mato Grosso do Sul deve participar, incluindo a Rumo ALL - concessionária controladora da Ferroeste - e a Ferrovia Boliviana Oriental - vai garantir a retomada da viabilidade econômica. O consórcio pretende integrar interesses de de Mato Grosso do Sul, São Paulo e da Bolívia. 

 

“Os trens da Ferrovia Boliviana Oriental já têm autorização, dada pela Rumo, para entrar no Brasil, o ideal é que se faça também o contrário, para garantir o transporte de carga nos dois sentidos”, explicou o secretário, em entrevista concedida durante a inauguração do Terminal Intermodal da Fibria, em Aparecida do Taboado. Por enquanto, as composições bolivianas já estão autorizados a entrar em Corumbá para pegar carne, mas a possibilidade de que a Rumo ALL faça o transporte de carne, por exemplo, de Santa Cruz até Santos (SP). 

 

O titular da Semagro explicou ainda que a Rumo ALL pediu a prorrogação do período de concessão da Ferrooeste para garantir a possibilidade de solução para os problemas trazidos pela desativação da ferrovia para o Estado. “A desativação da Ferroeste, num primeiro momento, da Rumo, foi muito complicada para o Estado. Hoje, essa ferrovia está operacional. A Rumo está assumindo os prejuízos porque hoje essa ferrovia, ela não é rentável, com os contratos que ela está operando”, detalhou Verruck (O repórter viajou a convite da assessoria)

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