A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul alcançou o montante de 1 bilhão de dólares no período de janeiro a maio de 2016. Conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, o número representa uma redução de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu a marca de 1,1 bilhão de dólares.
A análise ainda apontou que somente em maio deste ano, as exportações de industrializados tiveram queda de 23% em comparação com maio de 2015, despencando de 236,3 milhões de dólares para 181,4 milhões.
De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em relação ao volume foi registrada retração de 14% na comparação mensal, saindo de 890,7 mil toneladas para 764,4 mil toneladas.
No acumulado do ano houve retração de 4,3%, diminuindo de 3,8 de toneladas para 3,6 toneladas. “Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 51% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 53%”, declarou.
Segundo Resende, de janeiro a maio os principais destaques ficaram por conta do “Papel e Celulose”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral”, “Couros e Peles” e “Alimentos e Bebidas”. “Esses grupos somados representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior”, detalhou.
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Celulose registra aumento de 4,1% nas receitas em relação no período de janeiro a maio de 2016
Desempenho
No período de janeiro a maio de 2016 as exportações de “Papel e Celulose” somaram 437,9 milhões de dólares. Em comparação a 2015, as vendas aumentaram 2% e atingiram o equivalente 431,1 milhões de dólares.
Quanto aos produtos, o destaque ficou por conta da pasta química de madeira (celulose) que cresceu 4,1% em relação ao mesmo período de 2015 e registrou receita igual a 423,9 milhões de dólares. Este desempenho foi garantido, em grande parte, pelo aumento de 11,1% no volume comercializado do produto para a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul.
No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação dos primeiros cinco meses de 2016 alcançou o equivalente a 320 milhões de dólares, com queda de 7% em relação ao mesmo período de 2015, quando ficou em 345,2 milhões. A redução observada ocorreu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Venezuela, China, Rússia, Hong Kong, Japão, Egito, Jordânia e Arábia Saudita, que somados apresentaram redução equivalente a 56,1 milhões de dólares.
A receita de exportação de janeiro a maio de 2016 no grupo “Açúcar e Etanol”, alcançou o equivalente a 94,6 milhões de dólares, redução nominal de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, resultado das quedas ocorridas no volume e preço médio de comercialização de 26,6% e 13,2%, respectivamente.
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A receita de exportação de janeiro a maio de 2016 no grupo “Açúcar e Etanol”, atingiu 94,6 milhões de dólares
O único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano foi o açúcar de cana. Até agora os principais compradores foram Rússia, Argélia, Bangladesh, Croácia, Nigéria, Malásia, Egito, Iraque e Índia.
Outros grupos
No grupo “Óleos Vegetais”, o período de janeiro a maio de 2016 fechou com receita equivalente a 87,7 milhões de dólares, indicando aumento de 21% sobre o mesmo intervalo de 2015, quando o resultado ficou em 72,7 milhões. Em relação aos produtos exportados destacam-se as farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja com 66,9 milhões de dólares ou 76,3% da receita total do grupo. Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Tailândia, Indonésia e Holanda que, somados, compraram o equivalente a 80,0 milhões de dólares ou 91,2% do total.
A receita de exportação acumulada de janeiro a maio no grupo “Extrativo Mineral”, alcançou o equivalente a 53,2 milhões de dólares, com recuo de 39% sobre o mesmo período de 2015. Este resultado foi fortemente influenciado pela queda de 31% no preço médio da tonelada do minério de ferro e pela redução de 15% no volume comercializado do produto, tendo como principal destino a Argentina.
Já no grupo “Couros e Peles” a receita de exportação de janeiro a maio de 2016 alcançou 51,7 milhões de dólares, com redução de 9% em relação ao mesmo período de 2015. A diminuição foi resultado da queda nas aquisições de compradores como a Itália, Hong Kong, Estados Unidos e Taiwan que, somados, apresentaram queda de 15,7 milhões de dólares e pela redução de 30% no preço médio da tonelada do couro exportado por Mato Grosso do Sul.
Por sua vez, o grupo “Alimentos e Bebidas” fechou os cinco primeiros meses de 2016, com receita equivalente a 11,7 milhões de dólares, indicando aumento de 30% na comparação com o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de 8,9 milhões de dólares. O crescimento foi influenciado pela elevação das compras realizadas por Estados Unidos, Alemanha, e Paraguai que, somados, proporcionaram receita adicional de 2,3 milhões de dólares.