Na última terça- feira (26), a Petrobras informou, que a venda da UFN-III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III) em Três Lagoas ao grupo russo Acron não deu certo e foi encerrada. Devido a instabilidade política na Bolívia, à saída de Evo Morales do cargo de presidente da Bolívia.
O valor da negociação era de quase R$ 8 bilhões e seria dividida com a estatal boliviana YPFB, que seria dona de 12% da fábrica. A Bolívia seria responsável por abastecer a planta com gás natural. Em comunicado após a saída de Moralez da presidência, o ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que não "considerava legítima" a saída do boliviano do poder.
A construção da fábrica em Três Lagoas foi interrompida em dezembro de 2014, com 83% das obras já concluídas, por ilegalidades apontadas pela Operação Lava Jato. A venda para o grupo Acron já estava concluída e se passavam os últimos detalhes. Até mesmo os incentivos fiscais estaduais já estavam garantidos.
No comunicado da Petrobras, a empresa afirma que não se manterá nos "negócios de fertilizantes", o que indica que irá buscar outro comprador. Enquanto isso, a obra segue paralisada em Três Lagoas.
A UFN3 tinha dívidas com fornecedores que superavam os R$ 70 milhões, sendo metade com fornecedores de Três Lagoas. O valor não seria assumido pelos russos, de qualquer maneira.