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Economia Sexta-feira, 15 de Agosto de 2014, 10:29 - A | A

Sexta-feira, 15 de Agosto de 2014, 10h:29 - A | A

Seca em hidrovia prejudica economia

Danilo Nery - (www.capitalnews.com.br)

A falta de chuvas espalha prejuízos por toda a região da bacia do rio Paraná, que abrange os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O transporte de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná está paralisado em Araçatuba, noroeste paulista. O prejuízo direto chega a R$ 200 milhões. As cargas de grãos e outros insumos estão seguindo para Santos pelas rodovias.

De janeiro a junho deste ano, o volume de cargas transportadas pela hidrovia caiu de 2,69 milhões para 2,33 milhões de toneladas. A diferença, de 360 mil toneladas, foi equivalente à carga de 10 mil caminhões.

Desde abril, pelo menos 3 mil postos de trabalho foram fechados, segundo o diretor de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Eduardo San Martin. Ele acredita que as dispensas têm relação com a crise hídrica. A emissão de outorgas para captação de água para uso industrial foi suspensa.

Nas regiões agrícolas há escassez de água até para manter em operação os equipamentos de irrigação. O produtor José Luiz Confortini, de Capela do Alto, teve de adotar o racionamento na lavoura de milho verde. Em vez de irrigar uma vez por dia, normal nesse período seco, ele dividiu a área em talhões e aplica irrigação uma vez a cada três dias em cada área.

No estado de São Paulo, a estiagem prolongada causou perdas de até 25% na safra de café, de 10% nas plantações de cana e de 10% no trigo, segundo dados parciais da Secretaria de Agricultura.

Em algumas regiões, as perdas foram mais severas. Na de Bragança Paulista, a quebra na safra de Milho chegou a 50%. Na região de Itapeva, sudoeste paulista, os produtores de fei- jão têm dificuldade para manter irrigados 7 mil hectares da cultura. Osgastoscom óleodie-sel e energia elétrica elevaram os custos da produção.

Produtores de tilápias da região de Avaré tiveram de remover as criações e reduzir o número de viveiros. E plantações de laranja não irrigadas perderam parte da florada, o que já indica quebra de produção.

 

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