O setor produtivo de Mato Grosso do Sul, representado pela Fiems, Fecomércio-MS, Famasul, Sebrae/MS e outras entidades, convocou, nesta segunda-feira (16/03), o CMC (Comitê de Monitoramento de Crise) para alinhar as ações de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) e discutir os impactos da pandemia na economia do Estado. Além do representantes da entidades, membros do Governo e do Legislativo Estadual também participaram da reunião.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, além da preocupação com a questão da saúde e a disponibilidade de leitos hospitalares para todos os infectados, levantamento do Radar Industrial apontou uma perda de R$ 23 milhões a R$ 70 milhões no PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul por dia útil de restrição, considerando desde o cenário mais moderado ao mais severo.
“Diante disso, decidimos convocar o CMC para organizarmos as ações em vários setores e também nos municípios. Essa reunião teve como objetivo organizar as ações e levar ao conhecimento do público o que está sendo feito”, afirmou Sérgio Longen.
Já o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, destacou que o Governo do Estado tem feito um monitoramento por meio da Secretaria Estadual de Saúde de todos os exames realizados, casos suspeitos e confirmados, além da divulgação diário de um boletim sempre às 16 horas. “É muito importante essa reunião do CMC porque essa é uma questão de todos nós. É do cidadão, é da indústria, é do comércio, é da agropecuária, dos setores econômicos. E a gente tem de fazer uma grande mobilização em Mato Grosso do Sul com as medidas necessárias para que a gente tenha efetividade nas ações e consiga bloquear uma escalada de contaminação natural vendo os dados mundo a fora”, declarou.
O presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Jonas Veratti, destacou que o segmento está realizando protocolos de higienização. “Está em nossas mãos agora ensinar as pessoas, tanto nossos clientes, como a nossa equipe, de como se prevenir. Toda equipe está sendo orientada a ficar uma distância certa do consumidor, a ir com maior frequência ao banheiro para lavar mãos, olhos, nariz, boca. São campanhas de prevenção que nesse sentido de higiene e cuidados para não transmitir o vírus”, reforçou.
Já o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende Filho, pontuou a dificuldade de uma maior efetivação na higienização dos ônibus do transporte coletivo urbano em razão do grande fluxo de pessoas. “Não podemos dizer que é impossível, mas é inviável garantir que os corrimãos e todo o veículo estejam totalmente higienizado a cada passageiro que entra e a cada um que sai. É preciso conscientizar o cidadão para que ele faça a sua parte, lavando as mãos frequentemente, levando o seu álcool em gel para garantir sua segurança e evitando aglomeração, sair quando for extremamente necessário”, finalizou.