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Economia Sexta-feira, 03 de Novembro de 2017, 13:25 - A | A

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Infraestrutura e logística

Trilhos vão integrar as economias de MS, SP e Bolívia

Tratativas realizadas pelo Governo do Estado colocam a ferrovia como eixo estruturante do desenvolvimento e a Malha Oeste como prioridade

Flávio Brito
Capital News

Assessoria/Divulgação

Délia, Fiems e Governo se reúnem para discutir ferrovia

 

O governador Reinaldo Azambuja apresentou, nesta semana, o pedido para que a Ferrovia TransAmericana seja inserida no Programa de Parcerias e Investimentos do Governo Federal. O pedido foi entregue ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do governo Michel Temer, Moreira Franco. As tratativas realizadas pelo Governo do Estado colocam a ferrovia como eixo estruturante do desenvolvimento e a Malha Oeste como prioridade para que, ao invés de ser desativada, opere unindo divisas e fortalecendo a economia local. Quando entrar em vigor, o projeto vai beneficiar Mato Grosso do Sul integrando por trilhos às economias da São Paulo a Bolívia.

De acordo com as informações, o projeto da Ferrovia TransAmericana nasceu de um consórcio formado por empresas que dependem do modal e estão interessadas em operar e conectar a Malha Oeste à Ferroviária Oriental na Bolívia e sua possível conexão com a Ferroviária Andina, ligada aos portos do Oceano Pacífico.

O governo do Estado divulgou ainda que começa a fazer articulações sobre a concessão da Rumo, que termina em 11 anos com muitos os gargalos a serem resolvidos. A partir da data final, o Governo Federal tem as opções de renovar o contrato com a empresa por mais 30 anos ou abrir licitação para uma nova interessada em assumir o modal.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explica que a proposta é de que a concessão seja prorrogada e assumida pelo consórcio. “Se vinculada à atuação desse grupo, o governo apoia a prorrogação da concessão por mais 30 anos, caso contrário é contra, visto as condições atuais da ferrovia”.

Atualmente, três contratos mantêm a Malha Oeste ativa, sendo o transporte de celulose da Fibria de Três Lagoas para Santos, minério de ferro da Vale de Corumbá até Porto Esperança e vergalhão de ferro da Arcelor Mittal de São Paulo até Corumbá, que sai para exportação pela Bolívia.

Em 2016, a Rumo ALL descumpriu o contrato com a Arcelor Mittal deixando de transportar os vergalhões de ferro. O transporte foi retomado meses depois, após o Governo do Estado interferir junto à União para que a ferrovia não fosse desativada. Hoje esse trecho da ferrovia é deficitário, ou seja, os contratos não pagam os custos. 

“O bom desempenho da ferrovia sempre foi uma prioridade do Governo do Estado, que tem feito tratativas para garantir a continuidade da atividade, visto que o modal é um eixo estruturante do desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul”, destaca o secretário Jaime Verruck.

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