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Esporte Terça-feira, 03 de Agosto de 2021, 14:51 - A | A

Terça-feira, 03 de Agosto de 2021, 14h:51 - A | A

Olimpíadas de Tóquio

Alison dos Santos bate recorde e conquista o bronze no atletismo

Atleta brasileiro quebrou cinco vezes o recorde sul-americano na modalidade

Lethycia Anjos
Capital News

Gaspar Nóbrega/COB

Alison dos Santos bate recorde e conquista o bronze no atletismo

Alison dos Santos, medalhista olímpico

Aos 21 anos, Alison dos Santos, conhecido como Piu, disputou a final olímpica dos 100m com barreiras mais rápida da história e garantiu a medalha de bronze para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O atleta largou na raia 7, cumprindo a distância em 46s72 batendo o recorde olímpico na modalidade. De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a marca de Piu, teria garantido ao brasileiro a vitória  em todos os Jogos Olímpicos já realizados.

 

A medalha de ouro foi para o norueguês Karsten Warholm, que ditou o ritmo da prova, quebrando seu próprio recorde mundial, com 45s94. A prata foi para o americano Rai Benjamin que marcou com 46s17.

 

Alison dos Santos ressalta a satisfação em entrar para história do esporte olímpico, ultrapassando a marca dos 46s. “Foi uma prova louca, uma prova muito forte, uma prova histórica onde fizeram o que achavam que era impossível, quebrar a barreira dos 46s. Três atletas correram abaixo de 47s, a prova mais rápida da história, e eu fico muito feliz de estar fazendo parte disso. É a segunda vez que tenho essa sensação. Em uma etapa da Diamond League, ele quebrou o recorde mundial, e eu literalmente vi o recorde ser quebrado na minha frente. Hoje eu estava aqui. Poder assistir e fazer parte disso é incrível. Quando você está correndo não tem noção do tempo que vai fazer, mas eu sabia que a prova estava muito forte e que eu estava brigando para fazer um bom tempo, correr rápido, fazer história, quando eu olhei o telão e vi o resultado, eu sabia que tinha feito minha melhor marca, fiquei muito feliz por isso”, afirmou o corredor, em entrevista ao Comitê Olímpico Brasileiro. 

 

O atleta conta que por conta da pandemia ficou mais de um ano sem competir e foi infectado pela Covid-19. Apesar dos percalços, Piu retornou em 2021, mostrando sua constante evolução desde 2019. “A gente quer mais, evoluir cada vez mais. O que eles fizeram, o que a gente fez hoje é mérito e com trabalho a gente consegue evoluir, chegar perto do recorde mundial e quem sabe um dia se tornar um recordista mundial”, disse ao COB.

 

Conforme o COB, as últimas medalhas conquistadas pelo Brasil atletismo de pista foi em Pequim-2008, após as equipes brasileiras de revezamento 4x100m livre feminina e masculina terminarem em quarto lugar, um escândalo de doping da Rússia garantiu ao país  o bronze na modalidade.

 

"Agora sou medalhista olímpico. Agora inicia outra etapa da nossa vida. Agora a gente vai ser visto de outra maneira. Essa medalha vai dar capacidade de inspirar outras pessoas para que elas saibam que podem também chegar aqui. Tenho muita gratidão por tudo que aconteceu na minha vida, pela fé que eu tenho, pelas pessoas que eu tenho na minha vida. Entrando para receber a medalha, eu pensei nas pessoas que estavam comigo, que diretamente ou indiretamente participaram dessa medalha e fico muito contente porque saí de casa com uma missão e voltei com ela cumprida", finalizou o atleta.

 

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