Natural da Bahia, a tetracampeã mundial Ana Marcela Cunha, confirmou seu favoritismo conquistando a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio na noite desta terça-feira (3). Eleita seis vezes a melhor do mundo da categoria, a atleta concorreu em sua terceira edição Olímpica e com o tempo de 1h59m30s8 completou a prova dos 10km, em Odaiba Marine Park, conquistando a primeira colocação do pódio.
Após a vitória, a nadadora agradeceu o empenho e dedicação de seu técnico, Fernando Possenti. “Hoje eu consegui colocar tudo que eu tinha na prova. E é gostoso. Eu sou motivada à provocações, mas sempre levo pro lado bom, como conversei com a Carla Di Piero, minha psicóloga. Representa muito a ajuda que recebemos do COB, independente se é modalidade feminina ou se é masculina. Isso ajuda em relação à igualdade e representa muito para as medalhas no Brasil. E as mulheres estão vindo com algo especial. Eu ainda não fui campeã mundial nos 10km. Saio daqui querendo ainda mais”, disse em entrevista ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Aos 16 anos, Ana Marcela alcançou o 5º lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. No Rio 2016, a atleta teve problemas com a alimentação durante a prova e acabou chegando na 10ª colocação.
Ana Marcela conta que apesar dos percalços durante a carreira, sempre manteve as esperanças de conquistar uma medalha olímpica. “Eu sempre acreditei nos meus sonhos, nos da minha família, em todas nos das pessoas que acreditaram em mim. Sou uma pessoa muito realizada principalmente por ter pessoas positivas ao meu lado. Isso me fez sempre continuar. Mesmo não ganhando medalha em 2008, e em 2012, e sendo uma decepção para muitos brasileiros em 2016, acho que sempre acreditei muito naquilo que estava guardado para mim. São treze anos de espera e essa medalha representa muito”, ressaltou ao COB.
Na categoria de esportes aquáticos, os atletas brasileiros conquistaram três medalhas Tóquio, duas de bronze com Fernando Scheffer (200m livre) e Bruno Fratus (50m livre) e uma de ouro com Ana Marcela Cunha.