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Esporte Segunda-feira, 06 de Setembro de 2021, 17:39 - A | A

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Paralimpíadas 2021

Brasil encerra as Paralimpíadas com recorde de medalhas

País conquistou 72 medalhas no Jogos Paralímpicos de Tóquio

Lethycia Anjos
Capital News

Wander Roberto/CPB

Atleta sul-mato-grossense garante ouro nas paralimpíadas de Tóquio

Yeltsin Jacques, medalhista paralímpico

As Paralímpiadas de Tóquio 2021 terminaram neste domingo (5), com o Brasil registrando sua melhor campanha nos Jogos. Ao todo foram 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, o que rendeu ao país sétima colocação no ranking geral do megaevento. 

 

De acordo com o Comitê Paralímpico Brasilerio (CPB), a delegação brasileira contou com 259 atletas, incluindo guias, calheiros, goleiros e timoneiros. Do total de atletas, 163 eram homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. 

 

Bicampeão paralímpico de futebol de 5, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado ressalta a importância das conquistas. "O Comitê Paralímpico Brasileiro celebra, além da maior campanha de todos os tempos, o atingimento de todas as metas, como de participação de mulheres, participação de atletas jovens, participação de atletas de classes baixas [atletas com as deficiências mais severas]. Aprendemos muitas lições que vamos colocá-las em prática nos três anos que restam até a próxima edição de Jogos Paralímpicos, em Paris 2024", disse em entrevista ao CPB.

 

Rogerio Capela/CPB

Campo-grandense entra para história e conquista o segundo ouro em Tóquio

                 Yeltsin Jacques, campeão paralímpico

Nesta edição os atletas sul-mato-grossenses deram um show de representatividade garantindo quatro medalhas de ouro e dois recordes mundiais. Durante a estreia do Brasil nas provas de atletismo em Tóquio, o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, fundista da classe T11, para cegos, conquistou a medalha com a marca de 15min13s62, chegando à frente dos japoneses Kenya Karasawa e Shinya Wada, que completaram o pódio. 

 

O brasileiro seguiu na liderança do pelotão na maior parte da prova, mas foi ultrapassado pelo japonês Kenya Karasawa faltando duas voltas para o fim. Ao final do percurso Yeltsin, deu uma arrancada e ultrapassou adversário, finalizando a prova alcançando um novo recorde das Américas.

 

Em sua segunda prova, disputada no dia 30 de agosto, Yeltsin Jacques garantiu a 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos. O fundista de Mato Grosso do Sul conquistou seu segundo ouro em Tóquio após vencer a prova de 1500m da classe T11 para cegos. 

 

Divulgação/CPB

Saltadora sul-mato-grossense conquista ouro em Tóquio

               Silvânia Costa, medalhista de ouro

A paratleta de Três Lagoas, Silvânia Costa alcançou o lugar mais alto no pódio ao saltar 5,0m e garantir medalha de ouro, tornando-se bicampeã do salto em distância, na classe T11, que compreende pessoas com deficiência visual. Em 2016 nos Jogos Paralímpicos do Rio, a paratleta não fazia ideia de que estava grávida e competiu com três meses de gestação, conquistando sua primeira medalha de ouro olímpica. 

 

Miriam Jeske/CPB

Atleta sul-mato-grossense conquista medalha inédita na canoagem

                 Fernando Rufino, campeão paralímpico

Natural de Itaquiraí, interior de Mato Grosso do Sul, o atleta Fernando Rufino, de 36 anos, garantiu o quarto ouro sul-mato-grossense na disputa dos 200m VL2 na canoagem, medalha inédita para o Brasil. O canoísta liderou a final de ponta a ponta e com o melhor tempo da história da prova, 53s077. Até então o país havia conquistado um bronze na modalidade, com o atleta Caio Ribeiro, que ficou em terceiro lugar no Rio em 2016, quando a canoagem entrou pela primeira vez no programa dos Jogos Paralímpicos.

 

Outros destaques da competição foram o pentacampeonato no futebol de 5 das Paralimpíadas com vitória sobre a Argentina, os três bronzes do nadador Daniel Dias, nos 200m livre, 100m livre e revezamento 4x50m livre misto 20 pontos, tornando o atleta o maior campeão brasleiro da modalidade. Petrúcio Ferreira também entrou para história ao conquistar o ouro e bater o recorde mundial, garantindo o título de paratleta mais rápido do mundo. 

 

Na classificação geral o Brasil ficou atrás apenas de China, Grã-Bretanha, Comitê Paralímpico Russo, EUA, Holanda e Ucrânia. 

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