Divulgação/CBF
Presidente da CBF, Rogério Caboclo, diz que futebol também é responsável para evitar expansão da doença
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu um passo significativo para a volta do futebol, mesmo que ainda sem a presença do torcedor nos estádios. A entidade entregou ao Ministério da Saúde um documento com uma série de medidas preventivas que permitiriam o retorno das atividades dos clubes. Uma resposta é esperada durante o fim de semana e a previsão de publicação e distribuição na segunda-feira (4).
O "Guia Médico de sugestões protetivas para retorno das atividades do futebol brasileiro” é o ponto de partida para diversos clubes e federações pelo país. A CBF aguarda o aval das autoridades de saúde para distribuir às entidades estaduais para nortear o retorno ao futebol de acordo com a realidade de cada Estado.
O documento tem mais de 20 páginas e foi organizado pela Comissão Nacional de Médicos da CBF, orientados pelo infectologista Sérgio Wey, do Hospital Albert Einstein. A comissão é formada por Nemi Sabeh Junior, médico da seleção feminina, mais os chefes dos departamentos médicos do Atlético-MG, Rodrigo Lasmar, que também é da Seleção, do Flamengo, Márcio Tannure, do Avaí-SC, Luis Fernando Funchal, e da Ponte Preta-SP, Roberto Nishimura.
Testes e treinos separados
Para montar o Guia, os médicos consultaram protocolos já utilizados por outros países, entre eles Espanha e Portugal, e por clubes japoneses e alemães, como o Bayern de Munique e Bayern Leverkusen. Depois que cada médico escreveu sobre tópicos diferentes, Jorge Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos, foi responsável por consolidar as sugestões.
Entre as recomendações, está a testagem rápida para jogadores, membros da comissão técnica e familiares, além de outras medidas que pudessem detectar o problema como medir a temperatura por infravermelho na chegada dos atletas diariamente.
Para os treinos, nos primeiros dias, os jogadores devem ser divididos em grupos, com distância segura entre eles. Todos devem usar máscaras e não será permitido o uso dos vestiários. Atletas e comissão técnica devem chegar vestidos da residência, com utensílios pessoais e levando o materil para ser lavado em casa.
Outras medidas foram listadas também em relação à alimentação, transporte coletivo para treinos e jogos, treinos em academia, tratamento médico e fisioterapia.