A esperança da torcida dos times de Campo Grande de assistir jogos no Estádio Morenão sofreu um duro golpe nesta sexta-feira. Relatório de técnicos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgado nesta semana recomenda a não utilização do local para jogos até que uma serie de melhorias sejam providenciadas, desde o gramado até arquibancadas e instalações internas. De acordo com o estudo, assinado pela arquiteta Mirian Neves de Souza, o estádio só poderia ser utilizado após a conclusão de 17 melhorias em sua estrutura.
Sem jogos oficiais desde a final do Campeonato Estadual de 2014, o Morenão está, desde então, sendo substituído pelo Estádio Jacques da Luz. Até 2015, o Cene mandava seus jogos no Estádio Olho do Furacão, que eventualmente, também era utilizado por Comercial e Novoperário. Neste ano, com o retorno do Operário e a queda do time amarelo, os três times jogam apenas nas Moreninhas, que ainda recebe competições amadoras diversas, prejudicando ainda mais o irregular gramado do local, o que gera reclamações de jogadores dos times locais e visitantes.
O resultado da vistoria feita pela entidade e acompanhada por representantes da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) no dia 26 de fevereiro está em um relatório de 69 páginas e enterra a intenção da Federação e Governo do Estado de liberar o Morenão para jogos profissionais ainda em 2016.
O documento classifica o gramado do Pedro Pedrossian, sem manutenção devido a falta de jogos no local, como péssimo, a pior avaliação possível. Com superfície irregular e focos de formigueiro, o campo ainda não possui sistema de irrigação, apesar da eficiência do sistema de drenagem.
Nas arquibancadas, além da falta de demarcações horizontais e verticais, não existem rotas de fuga ou indicações para tal, apenas a identificação dos portões de acesso. Pessoas com necessidades especiais contam com apenas um portão de acesso e as rampas são muito elevadas, o que dificulta o acesso de cadeirantes.