A temporada de Fórmula 1 teve o início adiado e até foi colocada sob suspensão devido a pandemia do novo coronavírus. Agora, o calendário do campeonato foi confirmado com o anúncio das oito primeiras provas na última terça-feira (2). Todas acontecerão na Europa, onde a curva de propagação da covid-19 está caindo.
Os amantes da categoria no Brasil estão na expectativa se a prova no país, tradicionalmente uma das últimas do calendário, vai acontecer e a resposta tende a ser positiva, embora ainda não seja possível apontar uma data. "Os dirigentes da Liberty Media [empresa responsável pela Fórmula 1] consideram que as corridas das Américas serão realizadas, assim como as do Oriente Médio. Eles têm como base que, entre outubro e novembro, a curva da pandemia, como ocorreu na Ásia e Europa, já terá caído o suficiente para garantir a realização dessas etapas", explica à Agência Brasil o diretor de imprensa do GP Brasil, Castilho de Andrade.
A pandemia afetou dez provas previstas para 2020, sendo quatro (Austrália, Mônaco, França e Holanda) canceladas e seis (Bahrein, Vietnã, China, Espanha, Azerbaijão e Canadá) adiadas. No calendário original, a etapa brasileira, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, estava prevista para 15 de novembro. O chefe-executivo da F1, Chase Carey, disse em março projetar um calendário com 15 a 18 corridas, mesmo com o impacto da pandemia.
Com a reformulação no calendário, os organizadores do GP Brasil aguardam a confirmação da nova data para iniciar a venda de ingressos. A liberação de público, porém, depende do que for determinado pelas autoridades sanitárias. A competição será retomada com portões fechados nas duas corridas de Spielberg (Áustria). Já nas duas provas agendadas para o Reino Unido, ambas em Silverstone, a presença de torcedores necessita de um acordo com o governo britânico devido à necessidade de quarentena para entrar no país.