O Estádio Morenão não recebe uma partida de futebol profissional desde a final do Campeonato Estadual de 2014 vencido pelo Cene. Desde então, nenhum dos projetos feitos para que o estádio fosse adequado às novas exigências e liberado para os clubes de Campo Grande saiu do papel e local é utilizado apenas para treinos e jogos amadores.
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Agora surge mais uma esperança de que a situação seja definitivamente resolvida. Nesta sexta-feira, um técnico do Ministério do Esporte deve vistoriar o Morenão e será acompanhado por representantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Ministério Público Estadual, Corpo de Bombeiros e também do Governo Estadual. A idéia é verificar a situação do prédio e ver o que pode ser feito em parceria com o Governo do Estado para que o local volte a ser usado.
O compromisso foi firmado pelo chefe de gabinete do Ministério, Ivan Alves Soares, em reunião com o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB-MS), nesta quinta-feira. No encontro, o parlamentar enfatizou a importância do espaço de atividade esportivas, que está interditado desde o ano passado por determinação do MPE, em virtude da infra-estrutura deficitária, com a falta de equipamentos modernos de segurança e sistema inadequado de evacuação em casos de emergência, entre outros fatores. “A nossa proposta é ampliar o seu uso, além de estádio de futebol, transformar o Morenão em um centro esportivo”, afirmou Dionizio.
O chefe de gabinete disse que a pasta tem interesse em investir no estádio para torná-lo um Centro de Treinamento de diversas atividades esportivas, para tanto vai encaminhar um técnico a Campo Grande para avaliar o que precisa ser feito e orientar na elaboração dos projetos, de forma a atender as exigências legais que permitam execução das obras. “Há possibilidade, sim”, enfatizou Soares.
A UFMS, que administra o estádio, não tem recursos para as reformas necessárias, por isso não foram realizadas até o momento. Engenheiros que fizeram a vistoria em 2014 encontraram rachaduras no concreto, oxidação nas ferragens, partes da marquise comprometidas e infiltrações nas arquibancadas. Até o ano passado, o custo da reforma exigida pelo MPE era estimado em R$ 2,1 milhões.
Como a possibilidade do Morenão ser liberado antes do término do Campeonato Estadual é remota, Comercial, Operário e Novoperário devem seguir mandando suas partidas no Estádio Jacques da Luz, no bairro das Moreninhas. Na abertura, Comercial e Novo empataram em 1 a 1 e a próxima partida no local será Operário e Misto de Três Lagoas, no dia 14 de fevereiro, ainda pela primeira rodada.