Anderson Ramos/Capital News
Estádio Douradão está com sérios problemas no sistema elétrico, segundo laudo
O Estádio Douradão não recebe jogos do futebol profissional desde o fim da Série B em 2018 e, em junho, foi fechado para quaisquer atividades pela Prefeitura Municipal após laudo técnico apontar risco iminente de problemas elétricos. Agora, a solução poderia ser a utilização de parte do fundo depositado na conta do Fumdecon (Fundo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) para realizar as obras necessárias para sua reabertura.
Segundo o Dourados News, o pedido para que parte do saldo de quase R$ 3,4 milhões foi feito pela PGM (Procuradoria-Geral do Município) e esteve na pauta da reunião realizada pelo Fumdecon no último dia 3 de setembro. Na solicitação da PGM, o montante seria utilizado para “projeto elétrico de baixa tensão conforme NBR 5410 com dimensionamento de circuitos, detalhamento de circuitos, diagramas trifilares e balanceamento de cargas referentes aos equipamentos a serem instalados no Estádio Saldivar – Douradão”.
O pedido, porém, dividiu os integrantes do Fundo. De acordo com a ata da reunião, o diretor-presidente do Procon e presidente do Comdecom, Antônio Marcos Marques, foi favorável à solicitação da PGM, por considerar que o “pedido possui pertinência com a defesa do consumidor, pois propiciará melhor condições de acesso e segurança aos consumidores que venham a frequentar referido estádio”. Mas a conselheira Mariza Fátima Gonçalves discordou e teve suas considerações acolhidas pela maioria dos presentes. Para ela, “tal pedido não possui pertinência direta com a defesa do consumidor”.
Foi deliberado, por fim, que a análise de qualquer pedido para uso de recursos do Fumdecom só será feita após a “execução da ampliação e reforma do Procon de Dourados, implantação do processo digital dos processos administrativos do Procon, implantação do site do Procon, e melhoria da estrutura administrativa e de pessoal do Procon”.
Sem time
Caso a readequação do Douradão aconteça e seja liberado, sua utilização na próxima temporada é incerta. Isso porque a cidade corre o risco de não ter representante na Série A Estadual, que acontece entre janeiro e abril. O Operário AC foi rebaixado para Série B, que acontece apenas no último trimestre e o Sete de Dourados, com vaga garantida, ainda não disputou nenhuma competição de base neste ano, condição obrigatória para participar das competições profissionais em 2020. Além disso, o presidente Tony Montalvão disse que, por falta de recursos, a decisão pelo afastamento já estaria tomada.