Natural de Três Lagoas, interior de Mato Grosso do Sul, a paratleta Silvânia Costa alcançou o lugar mais alto no pódio ao saltar 5,0m e garantir medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, tornando-se bicampeã do salto em distância, na classe T11, que compreende pessoas com deficiência visual.
A saltadora destaca a importância de conquistar o bicampeonato "Que felicidade! Eu entrei com muita garra e determinação. Eu ralei muito, com a oportunidade que o CPB me ofereceu. A gente aproveitou o máximo e consegui chegar aqui e cumprir a nossa meta e objetivo", disse em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Com as vitórias de Yeltsin e Silvânia, o Brasil acumula 90 medalhas de ouro, 115 de prata e 106 de bronze, estando entre as 20 nações que mais conquistaram medalhas em toda a história da competição. Após a vitória, Silvânia Costa disputou os 400m, mas abandonou a prova no início devido a uma distensão muscular.
"Acho que o principal é quando o atleta sai satisfeito sabendo que perdeu primeiro para ele mesmo. E a gente superou todas as dificuldades e agora eu quero ver o hino e a bandeira do pódio. Eu nunca pensei em desistir. Eu sabia que este momento iria ser meu e que só dependia de mim os meus objetivos. Uma coisa eu não perdi: a minha garra, a determinação e a minha força de vontade. Então essa medalha vem com todo esse trabalho de apenas cinco meses”, ressaltou a paratleta.
Em 2016 nos Jogos Paralímpicos do Rio, a paratleta não fazia ideia de que estava grávida e competiu com três meses de gestação, conquistando sua primeira medalha de ouro olímpica.