Rodrigo Berton/Grande Prêmio
Inglês Ross Brawn projeta temporada começando na Europa até início de julho
A temporada de Fórmula 1 tem sido diretamente afetada pela pandemia causada pelo novo coronavírus, com as primeiras etapas já canceladas ou adiadas. Mesmo assim, a categoria trabalha com a possibilidade de ter as primeiras provas entre junho e julho e confirmar as 19 provas da temporada, só que começando na Europa e até sem a presença de público, o que excluiria as provas em circuito de rua, como Singapura.
Pelo menos é o que explicou o diretor-executivo da categoria, Ross Brawn. Segundo ele, a temporada começaria na França ou Áustria no último fim de semana de junho ou primeiro de julho. Depois, por uma questão de logística, emendaria uma sequência de provas em outros países do Velho Continente.
De acordo com o dirigente, que deu entrevista para o podcast da emissora britânica Sky Sports, essas medidas facilitariam o início da competição. “As viagens serão um dos maiores problemas, envolvem mais gente, mais contato. Na nossa visão, faz sentido começar na Europa e aí até poderiam ser portões fechados, para garantirmos que ninguém se contaminaria, faríamos testes antes e depois, um ambiente com menos gente e todos testados. Não é uma saída ótima, mas é melhor que não correr”, comentou.
Outra preocupação de Brown é a importância que a competição teria na tentativa de manter o isolamento social ou mesmo quarentena neste período de recuperação. “Temos milhões que assistem de casa, muitos estão em isolamento, é importante dar algum entretenimento a essas pessoas no momento de crise que estamos vivendo, mas sem colocar ninguém em risco”, analisou.
O inglês disse que o planejamento precisa ser bem feito para depois não precisar paralisar a temporada. "Nossa temporada é maior que a de outras categorias, acabamos de adiar o Canadá, então achamos melhor esperar antes de ficar revisando calendário. Oito corridas é o mínimo para valer o campeonato, isso daria para alcançar começando em outubro até. Então, outubro é o limite. Mas existem outras variáveis, talvez correr até o ano que vem, muitos cenários. Mas acho que podemos ter 19 corridas se começarmos até o início de julho, talvez com três finais de semanas seguidos correndo e um de folga", concluiu.
