Brasil conquistou mais uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos em Tóquio, nesta terça-feira (3). Thiago Braz repetiu o feito do Rio 2016 e mais um vez subiu ao pódio olímpico em uma final emocionante do salto com vara.
De acordo com o Comitê Olímpico Brasilerio (COB), o atleta passou tranquilamente os 5,55m. Após o feito, Braz precisou de duas tentativas para alcançar as marcas de 5,70m e 5,80m e no terceiro salto, ele conseguiu 5,87m. Nos 5,92m o atleta não teve um bom desempenho e derrubou o sarrafo.
Thiago Braz relembra sua trajetória até a conquista pelo bronze nas olimpíadas. “Tinha que acontecer desse jeito. No classificatório eu tive um início de cãibra, a gente tratou, mas eu ainda senti. E aos poucos fui tentando, dando uma corrida para relaxar a musculatura. O meu desejo era ganhar uma medalha, eu queria ouro, mas primeiramente uma medalha. O motivo maior foi minha família, minha esposa, meu treinador, meu avô que faleceu no ano passado, num momento de pandemia. E também o orgulho de ser brasileiro, de trazer orgulho pro Brasil. Fiquei bem emocionado de passar pra final, a eliminatória não foi nada fácil, fiquei com medo de ficar fora. Aconteceu no Mundial de 2019 e eu não queria que acontecesse aqui. Os Jogos Olímpicos são uma competição muito importante para mim. Acho que é o sonho de qualquer atleta chegar, ganhar medalha, voltar para casa, festejar com a família, com os amigos. É um trabalho duro e poder hoje voltar com uma medalha para casa é um sonho", afirmou em entrevista ao COB.
A primeira colocação no pódio assim como a medalha de ouro foram para o sueco Armandi Duplantis que alcançou 6,02m, a prata ficou para o americano Christopher Nilsen, com 5,97m.
O atleta conta que há dois dias havia sonhado com medalha olímpica bronzeada. “Durante esse período de Jogos aconteceram alguns sinais legais me incentivando a buscar de novo uma medalha, a acreditar. E a gente em algum momento da vida se sente inseguro, exemplo disso foi a qualificação, relembrou um trauma que sofri. E aí dois dias atrás eu sonhei que eu tinha voltado para o apartamento aqui e estava com a medalha de bronze. Eu achava que era ouro, mas era bronze. Eu fiquei bravo no sonho, mas desejei muito ganhar uma medalha. É importante. Os anos todos que passei de altos e baixos, a briga para chegar aqui em Tóquio, era importante para mim, minha família, minha esposa, meu treinador, o Comitê Olímpico do Brasil, porque mesmo estando mal eles nunca deixaram de acreditar em mim", destacou Braz.
Em 2016, Thiago Braz conquistou a medalha ouro nas Olimpíadas do Rio, após alcançar a marca de 6,03m e bater o recorde olímpico, deixando para trás o campeão de Londres 2012, o francês Renaud Lavillenie que atingiu 5,98m. Com o feito, Thiago Braz entrou para o seleto grupo de brasileiros campeões olímpicos no atletismo ao lado de Adhemar Ferreira da Silva, que foi duas vezes campeão, Joaquim Cruz e Maurren Maggi.