As alergias causam enormes desconfortos para quem sofre com elas. Com a chegada do verão e das férias, as alergias a picadas de insetos ganham destaque já que, com o calor, as pessoas andam mais expostas. As viagens para sítios, chácaras e praia, locais abertos e com maior quantidade de mosquitos, também aumentam os casos.
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Julinha Lazaretti
A alergia a picadas de insetos é causada pela saliva que é injetada pelo bichinho. Assim, se desenvolvem sintomas como coceiras, vermelhidão, inchaço e erupções no local. Geralmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias, mas, em casos um pouco mais graves, formam feridas e podem infeccionar.
Existem basicamente dois tipos de alergia a insetos. A alergia aos insetos sugadores de sangue (mosquitos, pernilongos, borrachudos), também conhecida por “estrófulo” e as alergias aos insetos que injetam venenos, também chamados de Hymenopteras, como as abelhas, vespas e formigas.
O “estrófulo” ocorre principalmente durante a infância e diminuem ou desaparecem até a puberdade. Umas das principais características desta alergia são pequenas lesões avermelhadas e com bolhas nas áreas de maior exposição como pernas e braços, sempre com coceiras intensas. O tratamento é feito com remédios anti-inflamatórios e anti-histamínicos sempre sob orientação médica.
As alergias aos hymenopteras são mais graves podendo levar à morte. Normalmente a primeira reação é mais leve, após a picada, geralmente, a pessoa sente dor e o local fica vermelho e inchado. Aplicar gelo e fazer a limpeza da área com antisséptico costuma ser o suficiente para melhorar os sintomas. No entanto essa alergia vai se agravando de forma severa a cada nova picada, podendo, mesmo na segunda, já levar ao choque anafilático cujos sintomas são: inchaço do rosto, aperto no peito e dificuldade para respirar, voz rouca ou língua inchada com sensação de garganta fechada, tontura ou sensação de desmaio, perda de consciência ou colapso etc. Nestes casos é imprescindível que se procure auxílio médico urgente!
Além de cuidar do pós-picada, em ambos os casos, é importante prevenir. Evitar contato com insetos é sempre a melhor maneira de se precaver das crises alérgicas. Para isso, o uso de inseticida nos cômodos e um bom repelente todos os dias são as melhores soluções.
Na hora de escolher o repelente é importante levar algumas coisas em consideração:
• Prefira produto com icaridina: eles oferecem mais proteção e podem ser usados por crianças e gestantes;
• Observe se ele protege contra o Aedes Aegypti. Principalmente no verão, é importante redobrar a atenção, evitar água parada e usar produtos que combatam o mosquito;
• Produtos cruelty free e veganos, além de proteger, cuidam da saúde e do meio ambiente;
• Durante a aplicação, proteja bem as áreas mais expostas: pernas, braços, colo, pescoço e rosto;
• Para que não haja inalação do produto, aplique o spray na mão e depois espalhe pelo corpo;
• Aplicar o repelente após 15 minutos da aplicação do protetor solar, item também indispensável.
O uso de inseticida e repelente são medidas preventivas que irão melhorar a vida de quem sofre com alergias a picadas de inseto. Caso ainda assim haja contato, em casos de crises, fique atento aos sintomas e conte sempre com um médico de sua confiança para melhorar a qualidade de vida!
*Julinha Lazaretti
Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, tem Pós Graduação em Imunologia e Especialização em Cosmetologia e é sócia diretora da Alergoshop. Há 24 anos é responsável pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Alergoshop e há dois anos responsável pela Operação e Expansão das Franquias.