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Terça-feira, 18 de Dezembro de 2018, 14h:02

Votação do reajuste salarial teve “buzinaço” e manifestação com cartazes na Câmara

“O aumento caso fosse baseado na inflação, alcança os 40% nos últimos 8 anos”, diz vereador João Rocha

Flavia Andrade
Capital News

Flavia Andrade

Votação do reajuste salarial teve “buzinaço” e manifestação com cartazes na Câmara

Manifestantes com cartazes e aos gritos de "Aumento não, vereador que aprovar não volta na próxima eleição".

O reajuste salarial da Prefeitura e do secretariado municipal tem voltado a atenção da população para a Câmara Municipal de Campo Grande nas últimas semanas. Nesta terça-feira (18), os parlamentares votaram em regime de urgência o projeto de emenda à lei orgânica, a qual eleva o salário ao teto de R$ 20.412,42 à R$ 35.462,22, este aumento representa 73% do valor.

 

Deurico/Capital News

Duodécimo devolvido foi menor em 2016 devido inflação e investimentos, diz João Rocha

“O aumento caso fosse baseado na inflação, alcança os 40% nos últimos 8 anos”, diz vereador João Rocha

Após diversas manifestações do prefeito Marquinhos Trad, o presidente da Casa de Leis, vereador Professor João Rocha, durante entrevista afirmou que, “ Para colocarmos em pauta, houve um pedido que chegou até mim, presidente da Câmara, por pessoas que tem poder para trazer essa pauta a casa. Porém, uma vez que já está divulgado e está sendo falado em todas as visitas e entrevistas pelo Prefeito Marquinhos Trad, que o mesmo não quer o aumento, vamos vetar o reajuste salarial e tirar ele de pauta, uma vez que é desejo do Executivo”, destaca presidente.

 

Para o líder do Prefeito na Câmara, vereador Chiquinho telles, “ Não acho feio, um homem voltar atrás, desde que tenha consciência do que está fazendo, caso tenha errado ou julgue não ser o correto para o momento. Eu recuei, se fosse para votar o meu salário hoje eu votaria não”, diz vereador Chiquinho Telles. 

 

Flavia Andrade

Votação do reajuste salarial teve “buzinaço” e manifestação com cartazes na Câmara

"A população está indignada com esse aumento, por isso estamos aqui protestando contra", diz Guto Scarpanti

O Representante dos manifestantes, “Aumento Não”, Guto Scarpanti destaca a indignação da população com esse aumento para os parlamentares, “Eu acredito que assim como eu, e todos que aqui estão comigo, não estão satisfeitos com essa situação, por isso, montei um evento no Facebook, chamado “Aumento Não”, para que possamos manifestar a nossa indignação sobre essa votação”, aponta. Aos gritos de “ Aumento não, vereador que votar sim! Não irá voltar na próxima eleição!” buscaram ser ouvidos pelos vereadores e pela imprensa ali presente.   

 

O reajuste salarial dos vereadores de 47%, já foi aprovado pela Câmara Municipal e agora só depende do aval do prefeito. Onde os salários de R$ 15.031,76 passa para R$ 22.102,49 a partir de 2021, quando acaba o primeiro mandato do prefeito Marquinhos Trad. 

 

Ainda segundo o presidente da Casa de Leis, vereador Professor João Rocha, “Se analisarmos os últimos 8 anos baseado na correção da inflação, o valor chegaria a 40%, então não é absurdo os 47%, uma vez que se colocarmos um aumento de 5% ao ano, nos últimos 8 anos, teríamos o resultado de 40%. É difícil para a população entender talvez pela divergência entre o salário mínimo e o nosso salário, apesar de que, eu não levo a política como profissão, estou político para ter a oportunidade de ajudar a fazer a diferença e quando eu não sentir mais essa essência comigo, eu deixo de ser político e volto a fazer o que eu amo que é dar aula e realizar os meus projetos sociais que comecei ainda jovem”, conclui presidente João Rocha.