Notícias de Campo Grande e MS - Capital News

Quinta-feira, 16 de Maio de 2019, 11h:12

Cirilo é absolvido pela Câmara no processo de cassação e Pepa será julgado hoje

Mesmo com a absolvição, vereador ainda não poderá retomar o cargo de imediato, já que o afastamento ocorreu por determinação judicial

Renato Giansante
De Dourados para o Capital News

Thiago Morais/CMD

Cirilo é absolvido pela Câmara no processo de cassação e Pepa será julgado hoje

Cirilo foi absolvido e Pepa será julgado hoje no plenário da Câmara de Dourados

Os vereadores de Dourados optaram nesta quarta-feira (15) por acompanhar a Comissão Processante e arquivaram o processo de cassação do parlamentar afastado Cirilo Ramão (MDB). A sessão especial foi realizada com início às 17h na Casa de Leis, após denúncias por quebra de decoro parlamentar, investigada na Comissão Processante composta por Bebeto (PR), Junior Rodrigues (PR) e Silas Zanata, sendo presidente, relator e membro, respectivamente.

Foram 12 votos favoráveis à cassação, dos vereadores Cido Medeiros (DEM), Marinisa Mizoguchi (PSB), Madson Valente (DEM), Lia Nogueira (PR), Toninho Cruz (PSB), Daniela Hall (PSD), Alan Guedes (DEM), Sergio Nogueira (PSDB), Elias Ishy (PT), Silas Zanata (PPS), Ramim (PDT) e Olavo Sul (Patriota), e seis contra a denúncia, dos vereadores Juarez de Oliveira (MDB), Carlito do Gás (Patriota), Jânio Miguel (PR), Bebeto (PR), Junior Rodrigues (PR) e Maurício Lemes (PSB), sendo que era necessária a maioria qualificada, ou seja, 13 votos para que o processo não fosse arquivado. Portando foi julgada improcedente a denúncia em desfavor do vereador afastado, determinando o arquivamento do processo.

O vereador Marcelo Mourão (PRP) não participou da votação, por ser o suplente imediatamente interessado no resultado.

Nesta quinta-feira (16), a partir das 12h, será vez da votação do processo contra Pedro Pepa (DEM). A Comissão Processante também pediu o arquivamento que será votado no plenário. Todos os vereadores que votaram pelo arquivamento da denúncia fazem parte da base aliada da prefeita Délia Razuk na Câmara.

Cifra Negra
Cirilo, Pedro e Idenor Machado, que ainda será julgado, foram presos no mês de dezembro durante a Operação Cifra Negra deflagrada pelo Ministério Público Estadual após detectar indícios de “cartas marcadas” em processos licitatórios com empresas. Algumas dessas, segundo o MP, nem mesmo existiam no papel e os valores envolvidos foram considerados muitos altos.

De acordo com o MP, para garantir que o esquema funcionasse, as empresas repassavam valores mensais a servidores públicos, entre eles, os vereadores citados.

A decisão que decretou as prisões preventivas e a expedição dos mandados de busca e apreensão, foi do Juiz titular da 1° Vara Criminal da Comarca de Dourados, Luiz Alberto de Moura Filho. A operação Cifra Negra é um desdobramento de duas operações anteriores, Telhado de Vidro e Argonautas, investiga “crimes do colarinho branco”. Os três vereadores respondem ao processo em liberdade.