
Domingo, 14 de Julho de 2019, 12h:48
Pentágono emite mais gases na atmosfera do que Portugal inteiro, diz pesquisa
Por Pérola Cattini
Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor
Divulgação

Os Estados Unidos jogam mais gases do efeito estufa na atmosfera por meio de suas operações de defesa sozinhas do que países industrializados da Europa, como Suécia e Portugal, afirmam pesquisadores internacionais. O Pentágono, que coordena as ações do exército estadunidense, emitiu cerca de 59 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa em 201, de acordo com um estudo publicado pela Brown University, em Rhode Island, nos EUA.
As emissões do Pentágono, diz o relatório, foram "em um ano, maiores do que as registradas por muitos países pequenos". Na verdade, se fosse um país, suas emissões o colocariam na 55ª posição entre os maiores emissores de gases do planeta. A Suécia, por exemplo, está na 65ª colocação entre os maiores emissores do planeta, enquanto Portugal ocupa a 57ª. A instituição não respondeu aos pesquisadores. Nesses locais, a população se previne investindo em purificadores de ar e outros aparelhos que amenizam os efeitos da poluição e auxiliam na respiração.
A China é o país que mais emite gases do efeito estufa atualmente, como o dióxido de carbono, o principal vilão do aquecimento global. Depois dos chineses estão os Estados Unidos.
A movimentação de tropas e armas é responsável por cerca de 70% do consumo de energia do Pentágono, especialmente por causa da queima de combustíveis usados em aviões e automóveis terrestres. Curiosamente, o Pentágono afirmou em janeiro que o aquecimento global é uma questão de "segurança nacional" durante uma audiência no Congresso em que também apresentou iniciativas de preparação para os impactos ambientais.
As temperaturas globais estão em crescimento de 3°C para 5°C neste século, longe da meta global de limitar essa expansão para 2°C ou menos, como a World Meteorological Organization, da ONU, afirmou em novembro. Quatro graus de aquecimento poderia aumentar em mais de cinco vezes a influência no clima, segundo um estudo publicado na revista Nature no começo de julho.
Ainda assim, os pesquisadores afirmaram que o Pentágono reduziu seu consumo de combustíveis de forma significativa desde 2009, quando passou a comprar veículos eficientes movidos com fontes renováveis e limpas. Seria possível diminuir ainda mais suas emissões se cortassem as missões no Golfo Pérsico para proteger, justamente, o acesso ao petróleo da região, finalizaram os pesquisadores.
Fonte: CapitalNews
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