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Quarta-feira, 11 de Março de 2020, 17h:17

Santa Casa convoca coletiva para falar sobre plano de ação contra o coronavírus

No encontro com jornalistas, os especialistas demonstraram quais medidas serão tomadas para atender pacientes suspeitos e infectados

Flávio Veras
Capital News

 

Deurico Ramos/Capital News

Santa Casa convoca coletiva para falar sobre plano de ação contra o coronavírus

 

A Santa Casa de Campo Grande convocou, nesta quarta-feira (11), uma coletiva de imprensa para falar sobre a pandemia do COVID-19, popularmente conhecido como coronavírus. No encontro com o jornalistas, a médica infectologista Dra. Priscilla Alexandrino e o vice diretor-clínico do hospital, Dr. Fabiano Caçado, abordaram o plano de ação adotado para combater o surto do vírus, 

 

De acordo com a infectologista, existe na unidade de um comitê específico para a doença, nos mesmos moldes de outras doenças, como dengue e H1N1. “Esse grupo de trabalho é responsável por tomar medidas para um melhor atendimento desses pacientes. Ou seja, estamos orientando desde os funcionários da recepção até os especialistas, que podem ter maior contato com esse paciente”, explicou. 

 

A médica ainda complementou a informação dizendo que”, em caso de suspeita, imediatamente esse paciente será isolado dos demais. Por ventura, houver uma complicação ele ele será imediatamente levado a um CTI (Centro de Tratamento Intensivo) despressurizado. Caso haja mais pacientes, eles serão alocados em um mesmo local. Caso haja uma epidemia, o hospital está apto a fechar uma ala inteira para receber os infectados”, projetou. 

 

O diretor clínico do órgão falou que hoje a unidade dispões de insumos suficientes para o atendimento especializado, no entanto, com o clima de pandemia esses materiais estão em falta no mercado e portanto as autoridades públicas devem fazer um cronograma de distribuição. “Estamos entrando em contato com diversos fornecedores e nos assegurando que esses insumos não faltem. No entanto, o Governo Federal deve fazer a parte dele - que não tenho dúvida que faça - e nós a nossa”, ponderou. 

 

Sobre a possibilidade da doença chegar e avançar em Mato Grosso do Sul, a infectologista alertou que ainda não se sabe como ela se comportará em lugares onde o clima é mais quente. “Alguns estudos preliminares apontam que a doença se desenvolve em locais mais frios. Caso esse fato seja confirmado, nosso estado dificilmente terá um surto. Porém toda cautela é pouca, pois essas doenças podem sofrer mutações genética e ficarem resistentes ao nosso clima tropical”,  afirmou. 

 

Sobre a taxa de mortalidade do coronavírus, a médica afirmou que ele é mais letal em pessoas com mais de 60 anos e com alguma enfermidade que baixa a imunidade. “No caso dos idosos, a taxa de mortalidade é de 15%, ou seja elevada. Pessoas que sofrem com doença renal, ou mesmo, portadores do HIV, também podem obter graves risco a sua vida. Porém, na totalidade da população, o índices chegar de 3% a 4%, considerado baixo. Portanto, não devemos entrar em pânico, essa infecção é grave, porém irá passar como tanta outras do passado recente”, esclareceu. 

 

Prevenção

Arte/Ministério da Saúde

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