Softwares e outros recursos são alternativas para auxiliar na entrada das minorias nas corporações
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Em um momento em que discussões sobre a contratação de minorias fica cada vez mais em foco, a tecnologia pode ser uma importante aliada das empresas que buscam aumentar a diversidade em seus ambientes. Recursos de Inteligência Artificial como NLP (Natural Language Processing, ou Processamento de Linguagem Natural) e Machine Learning (Aprendizado de Máquina) permitem analisar os candidatos de uma forma mais ampla e excluindo as fases mais sensíveis do processo.
O incremento dessas tecnologias nos processos seletivos chega para diminuir as chances de que um ou outro candidato seja prejudicado por ser diferente do padrão. Além disso, com a nova geração, o mercado passa por mudanças e as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância de um ambiente de trabalho diverso e equânime.
Desta forma, os profissionais de RH que buscam formas para aumentar a diversidade nas companhias, ao mesmo tempo em que pretendem reter os talentos que estão disponíveis no mercado de trabalho, podem apostar em ferramentas que agrupam as informações de escolaridade, experiências anteriores, mas que não excluam pessoas de determinado sexo, orientação sexual ou etnia.
Com a tecnologia envolvida nos processos, é possível, inclusive, analisar as características comportamentais dos candidatos, para verificar quais mais se adaptam à cultura organizacional da empresa. Com essa estratégia, é possível projetar se os ciclos dos profissionais na corporação serão mais longos e se ela entregará os melhores resultados, mesmo que sob pressão.
Em alguns países, já há plataformas exclusivas para a contratação de pessoas fora dos padrões, como a “MeVitae” – software de contratação que elimina o viés ideológico ou possíveis preconceitos –, o “Grow your Circle” – base de dados que ajuda empresas dos Estados Unidos a encontrar talentos em grupos específicos, como LGBTQ+ – e o "Textio Flow" – que facilita o processo de escrita das descrições das vagas para atrair um público segmentado.
Diversidade no ambiente de trabalho no Brasil
O mercado de trabalho brasileiro está longe de ser um ambiente igualitário. Uma pesquisa realizada pelo IPEA em 2017 mostrou que a porcentagem de desempregados negros (14,6%) e pardos (13,8%) é maior do que a de população branca (11,9%). Em relação ao gênero, um estudo feito pelo fórum econômico Mundial (WEF), em 2016, apontou que seriam necessários 95 anos para que homens e mulheres recebessem o mesmo tratamento no meio corporativo no Brasil.