Divulgação/Polícia Federal
Todos os mandados foram cumpridos em Ponta Porã
Em sua segunda fase a operação Strada visa desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de cocaína. Na ação desta quinta-feira (13) em Ponta Porã, foram presos cinco homens entre 48, 42, 33, 22 e 19 anos.
Além dos mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Ponta Porã. Três imóveis obtidos pela organização criminosa com os proventos do tráfico, localizados em Ponta Porã, foram avaliados em mais de R$ 1 milhão. Os 16 policiais que participaram da ação também apreenderam documentos, aparelhos celulares e R$ 24 mil em espécie.
Segundo a Polícia Federal, a investigação apontou que a droga comercializada pelo grupo criminoso tinha origem no Paraguai e era transportada em compartimentos ocultos preparados nos veículos. O transporte contava com a atuação de "batedores", que informavam sobre a existência de barreiras policiais no percurso. Por outro lado, a movimentação financeira dos criminosos envolvia a utilização de casas de câmbio sediadas no Paraguai e contas bancárias titularizadas por terceiros.
Iniciadas em abril de 2019, as investigações apontaram o envolvimento da organização criminosa em diversos carregamentos de cocaína entre os meses de novembro de 2018 e abril de 2019 nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas gerais e São Paulo. Atribui-se ao grupo o transporte de quase 400 quilos do entorpecente que resultaram na prisão em flagrante de sete pessoas na condição de "mulas", no decorrer do período mencionado.
No início dos levantamentos, verificou-se que o líder da organização criminosa era foragido da Justiça Estadual de Ponta Porã/MS, pois havia contra ele um mandado de prisão preventiva expedido no âmbito da Operação STINGUER, deflagrada pela Polícia Federal em 2015, época em que o investigado fugiu para o Paraguai e obteve documento de identidade falso.
Fase I
Em sua primeira fase deflagrada em 13/05/2019, foram cumpridos mandados de busca em imóveis vinculados ao grupo criminoso, nos quais foram apreendidos dezenas de aparelhos celulares, diversos veículos, joias, valores em espécie, armas e anotações com contabilidade do tráfico. Também foram localizados veículos com compartimento preparado para o transporte de drogas, vulgarmente conhecido por “mocó”, além de objetos comumente utilizados para embalar entorpecentes.
Durante as diligências, o líder do grupo foi preso em flagrante por uso de documento falso e posse ilegal de arma de fogo, bem como deu-se cumprimento ao mandado de prisão expedido em seu desfavor pela Justiça Estadual no ano de 2015.
Nome
STRADA é uma referência ao modelo de veículo mais utilizado pelo grupo no transporte ilícito da droga.