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Domingo, 06 de Setembro de 2020, 11h:57

O médico-veterinário é profissional de Saúde Pública

Nem todo o mundo sabe, mas 62% dos patógenos humanos conhecidos são transmitidos por animais

Laryssa Maier
Capital News

Divulgação/Assessoria

Veterinários estão realizando castração de animais na Vila Piloto

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O espectro de atuação do médico-veterinário é muito amplo, especialmente na área de saúde pública. O médico-veterinário Lauricio Monteiro Cruz, assumiu o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde. No entanto, o mesmo cargo já vinha sendo ocupado, de forma interina, por um médico-veterinário, o servidor de carreira do ministério Marcelo Yoshito Wada

 

Lauricio, servidor público do Distrito Federal, chega ao cargo com 31 anos de atuação, na área de políticas públicas e no Sistema Único de Saúde (SUS). Seu desafio é contribuir para as políticas de prevenção e controle de doenças transmissíveis; de notificação de enfermidades; de investigação e vigilância epidemiológica; de orientação e supervisão da utilização de imunobiológicos; de investigação de surtos e epidemias, em especial doenças emergentes; de programação de insumos na área de Vigilância em Saúde; e suporte técnico aos estados e municípios.

 

Com o respeito merecido aos demais profissionais da saúde, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) tem a convicção de que os médicos-veterinários também são plenamente competentes para dirigir o departamento, que deve pautar suas ações na colaboração interdisciplinar para atender às demandas da sociedade.

 

Estudos recentes publicados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela revista Science apontam a Saúde Única – união de conhecimentos entre as saúdes pública, veterinária e ambiental – como abordagem para prevenir e responder a novos surtos de doenças zoonóticas e pandemias. 

 

Na Universidade São Paulo (USP), um estudo coordenado pelo médico-veterinário Marco Antonio Stephano estuda uma vacina por spray nasal contra a covid-19. A equipe desenvolveu uma nanopartícula, a partir de uma substância natural, na qual foi inserida uma proteína do vírus. Uma vez administrada, nas narinas, espera-se que o corpo produza anticorpos presentes na saliva, na lágrima, no colostro e em superfícies do trato respiratório, intestino e útero. “Além de inibir a entrada do patógeno na célula, a vacina impedirá a colonização deles no local da aplicação”, explica Stephano.