Notícias de Campo Grande e MS - Capital News

Quinta-feira, 24 de Setembro de 2020, 14h:04

Durante o ano o quilo do pão francês já acumula alta de 7,75%

A Indústria da panificação não consegue segurar o aumento

Laryssa Maier
Capital News

Sistema Fiems

Panificadora

Panificadora

O  pão francês em fevereiro custava R$ 12,90, agora em setembro não é encontrado por menos de R$ 13,90 o quilo, conforme levantamento do Sindepan/MS (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul). A indústria de panificação tentou segurar os preços, mas uma série de fatores levou as padarias de Mato Grosso do Sul a reajustarem o quilo do pão francês em até 7,75% no acumulado do ano. 

 

Segundo o vice-presidente do Sindepan/MS, Marcelo Alves Barbosa, a indústria da panificação tentou amortizar o reajuste, reduzindo a margem de lucro e até mesmo tentando diminuir alguns custos de produção. “Só a farinha de trigo vem tendo um aumento mensal de 5%, puxada pela alta do dólar. Para se ter uma ideia, o preço de um saco de farinha de 50 quilos passou de R$ 125,00 em janeiro para R$ 150,00 em setembro, um aumento de 20%”, afirmou.

 

De acordo com assessoria, outros insumos também tiveram uma alta significativa, como a margarina, que saltou de R$ 70,00 para R$ 150,00 o balde de 20 quilos e ainda se encontra em falta no mercado. “O segmento de confeitaria sentiu ainda mais o aumento desses insumos, principalmente com relação ao fermento e ao chocolate. E aí não tivemos outra alternativa senão repassar parte desse aumento dos custos para o consumidor final”, destacou Marcelo Barbosa.

 

Ele ainda explicou que esse aumento foi sentido em quase todos os setores da alimentação devido à elevação do consumo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Acredito que inicialmente os empresários colocaram um pouco o pé no freio com medo de haver uma queda no consumo, mas aconteceu justamente o contrário, então os insumos acabaram ficando mais caros. O dólar também vem oscilando nesse momento de crise que o mundo passa e tudo isso reflete no nosso mercado, mas acredito que a tendência é de que até o fim deste ano isso os preços se estabilizem”, projetou.