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Cotidiano Terça-feira, 13 de Outubro de 2020, 16:41 - A | A

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Aprovação

Tereza Cristina defende aprovação do acordo Mercosul-UE

Para a ministra, o acordo não representa ameaça à preservação ambiental

Laryssa Maier
Capital News

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministra Tereza Cristina

Ministra Tereza Cristina

Durante seminário em Lisboa, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu a aprovação do acordo Mercosul-União Europeia, tratado de livre comércio entre os dois blocos. Para ela, o acordo não representa ameaça à preservação ambiental.

 

“É preciso dizer que o acordo não representa qualquer ameaça ao meio ambiente, à saúde humana e aos direitos sociais. Ao contrário, reforça compromissos multilaterais e agrega as melhores práticas na matéria”, disse.

 

Tereza Cristina afirmou ainda que apesar de a produção de grãos ter crescido 425% desde a década de 70, a área plantada aumentou somente 43% - apenas 30% de seu território para a agropecuária, mantendo mais de 60% com vegetação nativa.

 

“Estima-se que cerca de 25% da área preservada se encontrem em propriedades privadas, algo sem paralelo em outros países do mundo, pois se trata de terreno que o proprietário não recebe para preservar. É apenas uma obrigação legal”, acrescentou.

 

A implementação do Acordo Mercosul-União Europeia foi defendida também pela ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes, que também participou do encontro. Aprovado em junho do ano passado, o acordo precisa ser ratificado pela maioria do Parlamento Europeu e, em seguida, pelos parlamentos nacionais europeus e pelos parlamentos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.

 

“Continuamos empenhados para que rapidamente este acordo possa ser posto em prática”, afirmou Maria do Céu ao participar do Seminário Portugal-Brasil: Oportunidades de Negócio no Setor Agroalimentar.

 

Segundo Maria do Céu Antunes, além de melhorar os negócios entre os países do bloco, com maior previsibilidade e transparência de regras, o acordo vai permitir o desenvolvimento sustentável.

 

“Permitirá ainda, e para nós isso é muito importante, um compromisso de todas as partes com os objetivos de desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente e da biodiversidade e o respeito pelos direitos laborais e sociais”, disse a ministra portuguesa.

 

De acordo com a Agência Brasil, na semana passada, os parlamentares aprovaram por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções uma resolução pedindo mudanças na agenda ambiental de países do Mercosul, para que o acordo possa ser ratificado.

 

"O acordo contém um capítulo vinculativo sobre o desenvolvimento sustentável que deve ser aplicado, implementado e totalmente avaliado, incluindo a implementação do Acordo de Paris sobre o clima e as respectivas normas de execução", diz a resolução.

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