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Domingo, 01 de Novembro de 2020, 12h:23

Série Arremesso Final, da Netflix, conta a história de Michael Jordan

Por Luisa Pereira

Da coluna Cultura
Artigo de responsabilidade do autor

Com dez episódios, documentário narra a carreira e o último ato da equipe liderada pelo astro

Divulgação/Netflix

ColunaCultura

É quase impossível nunca ter ouvido falar de Michael Jordan. O astro da NBA (National Basketball Association, principal liga de basquete dos EUA) é considerado o maior atleta de todos os tempos da categoria. Nascido em Nova York em 1963, Jordan estreou na competição profissional em 1984, atuando pelo Chicago Bulls, após a conclusão da graduação em geografia cultural. Desde então, foi eleito o melhor jogador da temporada regular por cinco vezes, cestinha da liga em dez temporadas, maior ladrão de bolas por três vezes, entre outros títulos e nomeações.


Arremesso Final, lançado pela Netflix em parceria com a ESPN, concentra-se, exatamente, em seu último ato à frente da equipe histórica do Chicago Bulls, em 1997-98, que terminou com a conquista do hexacampeonato do jogador. Com dez episódios mesclados entre os eventos de início e fim de carreira, a história foi contada do ponto de vista de Jordan, que reflete o quão competitivo era. Ainda que não seja o produtor da série, todos os acontecimentos relatados precisaram ser autorizados por Jordan.


Neste ponto, as críticas negativas apontam a falta de algumas informações e a retratação errônea de outras. Isso porque há ocultação aos problemas de Michael com apostas e problemas com companheiros de time, além de manifestação contra a convocação de Isiah Thomas, do Detroit Pistons, à seleção americana de Barcelona-1992. Na ocasião, o jogador havia liderado sua equipe na conquista dos títulos de 1989 e 90, passando pelos jovens do Bulls – incluindo Jordan – em três playoffs seguidos.


Contudo, no geral, o seriado, lançado 22 anos após a última temporada no Bulls, é eficiente em contar a trajetória esportiva de Michael Jordan. Os flashbacks entre o presente, com comentários de amigos e do próprio jogador, e o passado estão presentes ao longo dos 517 minutos de duração.

O legado
Michael Jordan deixou, sem dúvidas, um legado no esporte. Ao longo da série, um de seus maiores legados dentro e fora das quadras foi apresentado: o Nike Air Jordan. Como foi mostrado, o contrato com a empresa de tênis chegou apenas após o envio de diversos pedidos de patrocínio pelo empresário nos anos 80.


"Naquela época, os melhores jogadores ganhavam cerca de US$ 100 mil. Ele conseguiu um contrato de US$ 250 mil. As pessoas diziam: quanto vocês vão pagar para um calouro que não fez nada? Vocês estão loucos?", diz Howard White, vice-presidente da Jordan Brand, na série da Netflix.


O “Air” – ar, em portugues –, que nomeia a linha, brinca com a mesclagem do nome da tecnologia usada pela Nike na época – Air Soles – com processos mais elaborados nas solas e a forma como Jordan era conhecido por “jogar no ar”.


Mais do que apenas lembranças de títulos, o atleta foi um dos que mais enfrentaram a NBA. Proibido de usar o tênis, Michael Jordan pagou US$ 5 mil por partida. "As regras e procedimentos da National Basketball Association proibiram o uso de determinados tênis de basquete Nike vermelhos e pretos pelo jogador do Chicago Bulls, Michael Jordan, por volta de 18 de outubro de 1984", comunicou a liga na época.