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Terça-feira, 02 de Março de 2021, 16h:55

Após proposta de intensificação ao combate da covid-19, vereadores avaliam novas medidas em Campo Grande

Capital News repercutiu a carta aberta divulgada pelo Conass na Câmara Municipal

Elaine Silva e Lethycia Anjos
Capital News

Elaine Silva/Capital News

Após proposta intensificação ao combate da covid-19, vereadores avaliam novas medidas em Campo Grande

Câmara Municipal de Campo Grande

Atualmente Campo Grande (MS) está sob o decreto publicado na edição extra de 11 de fevereiro de 2021, no Diário Oficial (Diogrande), sob o número 14.629, onde o prefeito Marquinhos Trad (PSD) decretou medidas para evitar a propagação do coronavírus.  Entre as medidas está o toque de recolher das 23h às 5h. O decreto ainda traz a determinação de que eventos e festas podem acontecer com a capacidade máxima de 120 pessoas, mediante o cumprimento das regras de biossegurança.

 

Segundo dados que aponta que a pandemia está agravando pelo Brasil, os membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), publicaram uma carta aberta na última segunda-feira (01) com algumas sugestões, entre elas está o fechamento de bares e restaurantes, extensão do toque de recolher a nível nacional, proibição de eventos entre outras medidas. “Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido no Brasil um ‘Pacto Nacional pela Vida’ que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional”, finaliza a carta.

Elaine Silva/Capital News

Após proposta intensificação ao combate da covid-19, vereadores avaliam novas medidas em Campo Grande

Vereadora Camila Jara (PT)

 

A reportagem do Capital News repercutiu as sugestões feitas em carta aberta por meio dos membros da Conass, na Câmara Municipal de Campo Grande. A vereadora Camila Jara (PT) afirmou que a Capital precisa adotar medidas mais rígidas: "eu acho que está em um momento que a gente tem que olhar e ficar mais rígido”, enfatizou ao Capital News. 

 

Jara ainda relata que a Cidade Morena ,não pode ficar ‘isolada no meio do Brasil, achando que nada está acontecendo'. “Eu acho que chegou o momento em que a gente tem que olhar para a taxa de ocupação dos leitos, olhar pelo cenário nacional, entender onde Mato Grosso do Sul se encaixa. Todos os estados que fazem fronteira com o nosso Estado estão adotando medidas mais rígidas, porque o que está acontecendo agora é que temos. A nova cepa do vírus está circulando, não foi confirmado oficialmente ainda, mas nós já sabemos de alguns quadros e alguns casos que é da nova cepa. Então nesse momento a gente tem que focar em cobrar do Governo Federal para que haja imunização da população e não a passos tão lentos como está tendo agora. A gente tem que prestar uma ajuda a nível municipal para os pequenos  e médios empresários, para que eles não sofram tanto as consequências e principalmente ter foco pela preservação da vida. Então é um momento que o município tem que começar a agir novamente. Não dá para Campo Grande, Mato Grosso do Sul, ficar isolado no meio do Brasil, achando que nada ta acontecendo", afirmou. 

 

Atualmente a Capital está com 75.092 casos confirmados de infecção por covid-19.A taxa de ocupação de leitos da macrorregião de Campo Grande, está em 91% e as mortes já somam 1.474, segundo os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta terça-feira (02).

Elaine Silva/Capital News

Após proposta intensificação ao combate da covid-19, vereadores avaliam novas medidas em Campo Grande

Vereador Dr. Victor Rocha (PP)

 

Vice-presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa de Leis, Dr. Victor Rocha (PP), destacou em entrevista ao Capital News, que a pandemia do Coronavírus é um problema mundial e que são necessárias medidas mais restritivas para a prevenção, o vereador ressalta que a principal medida preventiva é a vacina. “Hoje tem um contingenciamento pelo número reduzido de vacinas que vem do ministério da saúde, houve uma definição na semana passada do STF [Supremo Tribunal Federal] que os municípios e estados podem comprar vacina e eles estão indo atrás, então a gente vai cobrar a celeridade nesse aumento da disponibilização das vacinas para a população. Em relação às medidas para reduzir o risco, orientação do uso de álcool em gel, distanciamento social e uso de máscaras, isso está sendo feito, recomendação de uma maneira geral, em relação aos doentes para serem atendidos nas upas e nos hospitais Campo Grande definimos junto com a Secretaria de Saúde de Estado. O Hospital Regional é referência para o tratamento dos pacientes sintomáticos respiratórios da Covid, lá a gente sabe que houve uma ampliação de leitos de CTI, não só lá, como também nos hospitais da rede privada por exemplo no pênfigo, essa semana foram habilitados 20 leitos no Hospital Adventista do Pênfigo para atender os pacientes com sintomas respiratório da Covid, então as medidas de tratamento estão adequadas porque ampliou-se, quanto a discussão do paciente grave que precisa de leitos de UTI, hoje até hoje dia 02 de março de 2021, nenhum paciente veio a óbito sem a assistência adequada, ou seja quem chega na UPA e precisa de uma vaga de CTI é encaminhado para um dos hospitais de referências, ou para o Hospital Regional”, informou Rocha. 

 

Em relação ao impacto na economia, o vereador evidencia que há necessidade de um 'equilíbrio'. “É um equilíbrio que precisa ter né, assistência, prevenção aos cuidados da saúde e a economia, geração de emprego e renda que também é importante [...] geralmente existe uma liberação maior da economia e quando está se esgotando essa capacidade de leitos de UTI disponíveis para o tratamento de Covid, é hora que se aperta o cinto em tem as medidas de lockdown, total ou parcial com as medidas mais restritivas, então esse equilíbrio precisa existir, a câmara sempre vai estar dialogando com o prefeito e com a sociedade, e monitorando sempre a taxa de ocupação de leitos e essa taxa de ocupação”, enfatiza. 

Elaine Silva/Capital News

Após proposta intensificação ao combate da covid-19, vereadores avaliam novas medidas em Campo Grande

Vereador Beto Avelar (PSD)

 

Rocha ainda ressaltou que houve uma conversa com o Poder Executivo solicitando a ampliação dos mutirões das consultas especializadas. “Já falamos com o prefeito Marquinhos Trad, com o secretário de finanças, Pedro Pedrossian Neto e com o secretário de saúde Dr. José Mauro, justamente solicitando a ampliação dos mutirões das consultas especializadas, exames e cirurgias eletivas, então a gente tem essa preocupação, além disso também solicitamos a insalubridade para os servidores da saúde que estão na linha de frente então basicamente é isso que a gente tem pra tratar sobre esses temas”, finaliza o parlamentar. 

 

Representante do Marquinhos Trad, na Câmara Municipal de Campo Grande, Beto Avelar (PSD) disse em entrevista ao Capital News, que encara ‘com muita preocupação essa questão de saúde’ e ressalta a importância de medidas mais restritivas. “Eu Beto Avelar vejo com muita preocupação essa questão da saúde aqui principalmente dessa pandemia e do número crescente tanto de vítimas, quanto de pessoas que estão se contaminando, então pessoalmente eu acho que tem que ter medidas mais pesadas mais restritivas porque muitas vezes a gente tá preocupado [...] enquanto algumas pessoas vem se preocupando e efetivamente fazendo o isolamento, seguindo as medidas de proteção, a população e me desculpem os jovens, mas principalmente os jovens não estão se conscientizando e pelo prognóstico, ou seja pelas expectativas que tiveram hoje o maior número de contagiados são a população jovem, então eu Beto Avelar acho que tem que ter medidas restritivas, não falo no lockdown, mas um toque de recolher mais cedo e com isso uma fiscalização como já vem sendo feita”, explicou Avelar.