Notícias de Campo Grande e MS - Capital News

Sexta-feira, 11 de Junho de 2021, 15h:04

Sputnik V: Mato Grosso do Sul e outros seis estados vão aguardar decisão final da Anvisa

Consórcio Brasil Central realizou o anúncio foi feito nesta quinta

Elaine Silva
Capital News

Edemir Rodrigues/Portal MS

Covid-19: Governo de Mato Grosso do Sul vai imunizar quilombolas em nona etapa

Vacina contra a covid-19

 

Formado por Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Rondônia e o Distrito Federal, o Consórcio Brasil Central, recuou e decidiu esperar pela decisão final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso emergencial da vacina Sputnik V, contra a covid-19. Anuncio foi realizado nesta quinta-feira (10). "As estritas e complexas condições impostas pela Anvisa na autorização excepcional para importação da Sputnik V, ao Consórcio Nordeste – operacionais, sanitárias e de logística – levaram os entes consorciados a manterem o interesse na compra do imunizante, desde que haja a autorização e regulamentação da Anvisa", diz a nota divulgada pelo grupo.

As sete unidades da federação negociavam a compra de 28 milhões de doses da vacina, 4 milhões cada. No entanto, uma das restrições impostas pela Anvisa reduziu esse número para 60 mil doses. "Nesse sentido, o consórcio Brasil Central reafirma seu interesse na compra da vacina, porque entende que o momento exige o maior número possível de imunizantes à disposição dos governos e das populações, mas alinha-se a manifestação das unidades da federação consorciadas para que se aguarde a autorização da Anvisa para uso emergencial da Sputnik V", ainda informa o comunicado.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Anvisa

Anvisa

Entenda o caso
Formação
Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) é formado pelo Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia. O governador Reinaldo Azambuja já presidiu o consórcio. Hoje, a presidência é do governador do DF, Ibaneis Rocha.

Decisão STF
Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na última semana, Mato Grosso do Sul poderá ser um dos beneficiados para comprar a vacina russa Sputnik V para combate à covid-19. Ação foi proposta pelo do Maranhão. Em sua decisão, o ministro deu prazo até o dia 28 deste mês para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifeste sobre a "importação excepcional e temporária" do imunizante.

Anvisa
Imunizante contra Covid-19 desenvolvido na Rússia ainda precisa de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado no Brasil. A eficácia da Sputnik V, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica "The Lancet". De acordo com o Governo do Estado, a intenção é que a vacina comece a chegar ao País ainda neste semestre.

Negativa
Cinco diretores da Anvisa rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. Diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.

Aprovação
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na noite de sexta-feira (4) o pedido feito por Mato Grosso do Sul Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia e pelo Ministério da Saúde para a importação das vacinas contra covid-19 Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia. De  acordo com a Anvisa, em razão de "incertezas técnicas" presentes na documentação das vacinas Sputnik V e Covaxin, a Anvisa decidiu pela aprovação da importação, mas desde que sejam seguidos protocolos para uso controlado dos imunizantes. Anvisa também decidiu que o número de doses da Sputnik será limitado a 1% da população do estado para facilitar as medidas de controle e supervisão dos efeitos. A agência também ressaltou que, apesar de novas documentações avaliadas elevarem a gama de informações ao ponto dessa autorização especial, as condicionantes aos estados e à União seguem necessárias para monitoramento dos efeitos da Sputnik V e Covaxin.

Confira na íntegra o comunicado do Consórcio Brasil Central:

 

 
 
 
Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Consórcio Brasil Central (@obrasilcentral)