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Política Quinta-feira, 05 de Agosto de 2021, 17:51 - A | A

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Investigação

CPI do Consórcio Guaicurus recebe apoio de vereadores da Capital

Maior parte dos parlamentares se manifestaram contra a investigação

Lethycia Anjos
Capital News

Glenda Gabi/PMCG

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Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Campo Grande, que irá investigar o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo na Capital, recebeu apoio de 14 dos 29 vereadores da Casa de Leis. A CPI tem o intuito de apurar se houve descumprimento do contrato por parte do Consórcio, em decorrência das constantes reclamações dos usuários do serviço.

 

A criação da CPI foi proposta pelo vereador Marcos Tabosa (PDT), durante sessão ordinária do dia 15 de junho, com objetivo de resolver os problemas relacionados ao transporte público em Campo Grande. Para o inquérito ser instaurado, são necessárias 10 assinaturas dos vereadores da Capital, contudo, o número de apoiadores ultrapassou o exigido para iniciar a investigação. Conforme o vereador, após protocolar o pedido de instauração na última terça-feira (3), será necessário o parecer favorável da Procuradoria da Câmara Municipal para a abertura da comissão.

 

Para o vereador Clodoilson Pires (Pode), a CPI é fundamental para assegurar os direitos da população. “Esse é um problema grave que tem afetado a vida de muitos trabalhadores e suas famílias. Como vereador preciso fiscalizar mais de perto a situação que se encontra o consórcio Guaicurus. Tenho recebido reclamações de vários usuários, sobre a diminuição da circulação e superlotação dos ônibus aqui em nossa capital”, comentou o vereador.

 

Dentre os 29 vereadores da Câmara Municipal, 14 assinaram a favor da CPI. São eles: Alírio Villasanti (PSL), Ayrton Araújo (PT), Camila Jara (PT), Clodoilson Pires (Pode), Delei Pinheiro (PSD), Edu Miranda (Patri), Marcos Tabosa (PDT), Papy (Solidariedade), Professor André Luiz (Rede), Ronilço Guerreiro (Pode), Tiago Vargas (PSD), Valdir Gomes (PSD), William Maksoud (PTB) e Zé da Farmácia (Pode).

 

Tiago Vargas foi um dos parlamentares que deu parecer favorável à CPI e destaca a importância da investigação. “Enquanto não forem apuradas as denúncias sobre a má prestação de serviços ao usuário do transporte coletivo, o descumprimento do contrato de concessão e o resultado financeiro desta empresa, eu não vou parar de fiscalizar, cobrar e fazer o meu dever como vereador por Campo Grande e também como cidadão”, disse o vereador.

 

Conforme o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TEC-MS), o Consórcio Guaicurus descumpriu 14 itens do contrato de concessão do transporte coletivo firmado em outubro de 2012. Apesar dos ônibus disponibilizados à população estarem em estado precário, o preço da passagem em Campo Grande é uma das mais caras do Brasil.

 

O também vereador, Papy (PSD) relata que diariamente são encaminhadas reclamações relacionadas a problemas no transporte público da Capital. “Todos os vereadores têm recebido diariamente dezenas de vídeos de reclamação de pessoas utilizando o transporte público de Campo Grande que é horroroso, é ineficaz, é caro e é indisciplinado. Porque foi chamado a atenção aqui, falamos por anos na última legislatura, toda semana um vereador ou uma vereadora apresenta uma reclamação contra o transporte público de Campo Grande, contra o Consórcio Guaicurus e nada é feito”, afirmou.

 

Os outros 15 vereadores que se manifestaram contra a CPI são Ademir Santana (PSDB), Betinho (Republicanos), Beto Ovelar (PSD), Carlão (PSB), Dr. Jamal Salem (MDB), Dr. Loester Nunes (MDB), Dr. Sandro Benites (Patri), Dr. Victor Rocha (PP), Gilmar da Cruz (Republicanos), Júnior Coringa (PSD), Professor João Rocha (PSDB), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (DEM), Otávio Trad (PSD), Silvio Pitu (DEM).

 

As principais reclamações da população são relativas a superlotação, diminuição da frota, atrasos das linhas e precariedade na estrutura dos transportes coletivos. “O Consórcio Guaicurus precisa parar de dar desculpas. Não só eu, como todos os pares da Casa de Leis, recebemos reclamações sobre a situação do transporte coletivo. As pessoas precisam trabalhar, necessitam usufruir desse serviço essencial. Hoje, elas temem usar os ônibus que não respeitam horários e muito menos a quantidade permitida de lotação e o distanciamento social, colocando à mercê a saúde e a vida desses cidadãos”, ressaltou Tiago Vargas.

 

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