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Quarta-feira, 13 de Outubro de 2021, 18h:20

Polícia Ambiental prende e autua dois caçadores

Foram apreendidos três tatus, cutia abatido, seis aves silvestres em cativeiro e quatro espingardas de caça e munições

Marina Romualdo
Capital News

Divulgação/PMA

Polícia Ambiental prende e autua dois caçadores

Polícia Ambiental prende e autua dois caçadores

 

Policiais Militares Ambientais (PMA) de Batayporã (MS) trabalharam durante a Operação Padroeira do Brasil e realiazram fiscalização fluvial no rio Ivinhema (MS) e receberam denúnicas de caça ilegal e de captura de aves silvestres em uma fazenda no município. 

 

A equipe policial foi acionada na segunda-feira (11). No local, os policiais encontraram um dos denunciados, o funcionário da fazenda. 

 

Na varanda da residência do funcionário, estava um homem de 49 anos de idade. Com ele, foram encontradas seis gaiolas contendo seis aves silvestres: dois curiós, um corrupião e três pássaros-preto, sem autorização ambiental. 

 

Indagado sobre a denúncia de caça, o homem assumiu ter carne de animais silvestres em sua residência e armas e denunciou também seu companheiro de crime, um funcionário de outra fazenda vizinha.

 

Em um freezer na residência foram localizados três animais silvestres da espécie tatu-galinha (Dasypus Novemcinctus), que está na lista de espécie em extinção e um animal da espécie cutia (Dasyprocta punctata). Também foram encontrados: uma espingarda calibre 28; uma espingarda caibre 36; um cano de espingarda caibre 22, adaptado para uma espingarda calibre 36 e um rifle calibre 22, bem como 12 munições calibre 22 intactas e dois cartuchos calibre 36 carregados. Todo o material foi apreendido.

 

O caçador informou que uma das armas, as munições e parte das aves pertenciam a outra pessoa que trabalhava na propriedade vizinha.

 

Em seguida, os policiais foram ao local e localizaram o outro infrator, de 42 anos. Ambos os infratores foram autuados e multados administrativamente em um valor total de R$ 36.500,00, pela caça ilegal e por manter as aves silvestres ilegalmente em cativeiro.

 

Os infratores são residentes em Batayporã. Os dois receberam voz de prisão e foram encaminhados, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil de Batayporã, onde eles foram autuados em flagrante por posse e porte irregular de arma de fogo e pelos crimes ambientais. 

 

O crime de porte ilegal de arma tem pena de dois a quatro anos de reclusão e, o de posse, de um a três anos de detenção. A pena para o crime ambiental de caça é de seis meses a um ano detenção, com aumento de meio de prisão, devido ao tatu-galinha estar em extinção e, pela manutenção das aves em cativeiro, a pena é de seis meses a um ano e meio de prisão.