Quatro bairros com risco de infestação do mosquito e outros 31 em situação de alerta, segundo o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste entre 1 e 12 de novembro pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
Conforme o levantamento, as áreas mais críticas são as da USF Iracy Coelho e da UBS Pioniera, ambas com Índice de Infestação Predial (IPP) de 5,7%, seguidas da USF Silvia Regina, 5,4% e da USF Vila Corumbá, 4,8%. O índice é considerado crítico quando ultrapassa 3,9%. Outros 31 bairros estão em situação de alerta, com índice de 1 a 3,9%, e 36 apresentam índices satisfatórios, abaixo de 1%.
“Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo.
O levantamento apontou ainda que o maior número de focos são encontrados em pequenos depositos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. De acordo com a Prefeitura da Capital, as ações de combate à proliferação do mosquito estão sendo intensificadas nos bairros com maiores índices de infestação e dentro da rotina nas demais regiões.
Dados
De janeiro a novembro deste ano, Campo Grande registrou 389 casos confirmados de dengue, o que representa uma redução de mais de 95% em relação ao mesmo período de 2020, onde 12.978 foram registrados. O número de óbitos provocados pela doença também caiu de sete para três.
Wolbachia
Município também conta com o método Wolbachia, que está em sua terceira fase de liberação de mosquitos em 15 bairros, como um aliado no enfrentamento da dengue, zika e chikungunya.