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Segunda-feira, 21 de Março de 2022, 17h:31

Incentivo ao uso de biometano deve trazer planta de produção ao MS

Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia assinaram portarias de apoio ao biocombustível

Rogério Vidmantas
Capital News

José Cruz/Agência Brasil

Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro participou da solenidade no Palácio do Planalto

O Governo Federal lançou nesta segunda-feira (21) medidas que buscam incentivar a produção e uso sustentável do biometano, combustível renovável obtido pela purificação do biogás e que pode substituir o gás natural, diesel e até a gasolina. A portaria que cria o Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano, o Metano Zero, que representará avanços na geração e no aproveitamento de biometano a partir de resíduos urbanos e rurais, foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. A solenidade contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro. 

 

Para completar, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assinou portaria que inclui investimentos em biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi).  A portaria isentará novos projetos da cobrança de PIS/Cofins para aquisição de máquinas, materiais de construção e equipamentos.  Contribuirá, assim, para a construção de novas plantas de produção do biocombustível, ampliando a oferta e causando impacto positivo na sustentabilidade energética e ambiental.

 

Investimento e empregos

 

De acordo com o governo federal, a inserção do biometano vai proporcionar a construção de novas plantas para produção do combustível, aumentando a oferta do produto e a instalação de corredores verdes para abastecimento de veículos pesados, com impacto na redução de emissões de gases de efeito estufa. O total de investimento previsto é superior a R$ 7 bilhões, com geração de pelo menos 6.500 empregos, na construção e operação das novas unidades. A ideia é construir 25 novas plantas em seis estados, entre eles o Mato Grosso do Sul.

 

Para o ministro Joaquim Leite, o incentivo ao biometano levará o país a utilizar um combustível mais barato e de fonte renovável. “O programa Metano Zero trata o lixo da cidade, o lixo do campo. São resíduos de aves, suínos, cana de açúcar, laticínios e aterros sanitários. Tudo isso para gerar o biogás, que gera energia, e o biometano, que gera o combustível para veículos pesados. Teremos a oportunidade de andar em caminhões, tratores e ônibus movidos a biometano, reduzindo o custo de combustível”, afirmou Leite.

 

Bento Albuquerque foi na mesma linha. “Estamos dando novo passo para a consolidação de um mercado aberto e competitivo que buscamos, ao proporcionar aos investidores de bioenergia a mesma condição de que já dispunham os produtores de gás natural”, afirmou o ministro.